**Capítulo 35**

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● Mayara ● 

Beleza, posso ter me exaltado falando que a culpa era dele, mas eu só to nervosa.

Quando menos esperei, ele continuou afalar.

Sinistro: Ótimo, você perdeu a virgindade com um estranho, engravidou dele, e agora eu tenho dois filhos que vão ficar em um perigo constante. Maravilha.

Eu: É... - ele passou as mão no rosto pela quinta vez nessa conversa e colocou o olhar na parede.

Sinistro: Eu não sei nem seu nome - falou baixo ainda com o olhar preso na parede.

Eu: Vamos começar de novo então - ele me olhou confuso e eu continuei - Mayara, prazer.

Sinistro: Sinistro - disse seu vulgo e eu olhei com tédio pra ele.

Eu: Seu nome não é esse.

Sinistro: Pra tu é, não confio em você - me encolhi e ele respirou fundo - Gael, meu nome é Gael - dei um sorriso e ele continuou - Oque a gente faz agora? 

Eu: Você assume os filhos que não fiz sozinha, se quiser DNA a gente faz, sem problemas - vi Igor dormindo e o Iago perto dele olhando bem atento pra gente - Acho que não precisa, eles tem uma marca de nascença embaixo do braço, e não veio de mim.

Sinistro: Tranquilo, ele são a minha cara, nem precisa - murmurou.

Ele ficou um tempo quieto olhando as crianças e logo voltou a falar.

Sinistro: Porque não me procurou quando descobriu a gravidez?

Eu: medo, eu não ia correr o risco de vir atrás de você e tu não assumir e eu acabar passando estresse, mesmo tendo uma gravidez tranquila o parto deles foi complicado - falei em um tom de desabafo.

Sinistro: Como foi? - perguntou curioso me observando com o Igor no colo.

Eu: O processo? - ele assentiu - Quando eu descobri a gravidez fiquei meses escondendo dos meus pais, já que eles mal ficavam em casa eu tive como esconder durante um tempo, e quando eu consegui contar eles me expulsaram de casa.

Sinistro: E onde você ta morando?

Eu: eles passaram a minha parte do dinheiro da família pra eu poder manter o bebe, e a Nala me colocou pra morar no Ap dela, onde eu moro até hoje - engoli o choro lembrando dos meus pais e continuei - Os meses foram passando e no dia que o pai da Nala foi baleado eu entrei em trabalho de parto.

Sinistro: Que família pau no cu essa sua - me interrompeu.

Eu: Para de me interromper - ele riu e ficou quieto - a dor foi muito maior, foi tudo muito difícil, eu achava que era um bebe só, e lá eles viram que eram dois e que um deles tava com o cordão umbilical no pescoço. Fiz uma cesária de emergência e só descobri os gemeos quando acordei no quarto.

Sinistro: foi mal não ta contigo lá na hora - disse desajeitado coçando anuca com a mão.

Eu: você não tinha como saber, eu não contei, ta tudo bem.

Sinistro: Mas agora que eu sei vocês vão morar aqui - disse finalmente me encarando e eu neguei com a cabeça.

Eu: Não, vou continuar no apartamento, não vou sair da minha casa só porque você quer.

Sinistro: você vai sim, acorda do sonho de princesa, eu sou bandido, se souberem que eu tenho dois filhos vão querer usar eles.

Eu: não vou abandonar meu espaço pra ficar aqui.

Sinistro: tu quer ficar você fica, mas os gêmeos vem - disse ficando de pé de frente pra mim.

Eu: você não decide nada.

Sinistro: Princesa eu vou repetir, sou pai deles e tenho o mesmo direito que você, se quiser ficar em perigo o problema é seu, mais pensa nos seus filhos. Aqui eu posso te ajudar - disse me olhando nos olhos, me causando um arrepio estranho.

Fiquei encarando ele, acabei concordando mesmo sem vontade alguma de me enfiar nesse morro.

Peguei o Igor e ele o Iago e fomos saindo do quarto, e eu ainda com aquele choro entalado, abrimos e demos de cara com o Playboy.

Descemos as escadas e eu reparei olhares em mim e nas crianças, varia mulheres me medindo e fazendo cara feia.

Logo depois que a Nala anunciou a gravidez eu peguei as crianças e fui embora, não tava mais com cabeça pra festa.

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