**Capítulo 1**

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Mayara

Nala tava me perturbando pra ir nesse baile, não entendo, garota vive nos preconceito e agora quer subir o morro, ta de k.o com minha cara, so pode ser

Nala era pique aquelas patricinhas, igual de filme mesmo, nojentinha e preconceituosa abeça, somos "amigas" apenas pq o pai dela precisa do meu pai, ela é legal quando não abre a boca pra falar sobre a favela, fico pra morrer

ela é filha do chefe do BOPE e meu pai é advogado, ela tava numa festa com drogas, mas por ela ser ela, não vai dar em nada, apenas um dos meninos que tava lá foi preso, por coincidência me parecia pobre e ainda era negro, prato cheio pra policia né?

não costumo falar sobre oque não passo e nunca vi, mas que o sistema é muito racista ninguém pode negar não.

meu pai é brasileiro, e minha mãe é italiana, moro aqui faz 4 anos, sei falar português e italiano, e tenho muita vantagem pelo meu sobrenome, acaba facilitando minha vida demais.

eu não saio muito de casa não, é de casa pra escola e da escola pra casa, não é porque eu não posso, é porque eu não quero.

mais tem um tempo que a Nala vem falando sobre esses bailes, e eu me interessei, que mal tem afinal, né?

Nala: eu sei que lá tem bandido, to nem ai, não podem fazer nada comigo, alem do mais oque aquele bando tem direito né - to falando, ta de sacanagem

Mayara: você calada é uma poeta Nala - bufei irritada e comecei a me vestir - a gente pode subir mas você fala que vai dormir aqui e eu falo que vou dormir na sua casa, ok? - ela concordou com a cabeça e foi falar com o pai dela.

tempos depois eu ja tinha mandado mensagem pro meu pai e ele tinha deixado como sempre né

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quando eram umas 22:00 meus pais tinham ido jantar e eu estava me arrumando, botei um short e um cropped com meu tenis, coloquei minha correntinha e passei perfume, não sou de usar maquiagem, to de boa assim naturalzinha mo

Nala chegou, assim que eu entrei na minha garagem virei pra ela e disse

Mayara: você pelo amor de Deus e que você tem pela sua vida, não fala de quem tu é filha, e nem esses seus comentários preconceituosos por favor - pedi pra ela

Nala: beleza may, ta tranquilo, e se você for ficar com alguém, me avisa pra eu não ficar igual doida atras de você - falou e eu ri

Mayara: se sabe que eu não costumo ficar com ninguém - disse obvia

Nala: ta na hora de tirar esse lacre filha, ta cheio de teia de aranha ai - disse rindo e eu neguei

Mayara: eu nunca achei ninguém que me desse vontade, e não vou perder por perder - falei e ela concordou - tamo quase chegando - disse ao conseguir ver os vapores da entrada.

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ja estávamos aqui a umas 2 horas ou mais não sei, ja to altinha já, querendo ir embora, tem um cara que ta me olhando desde que cheguei, saí fora, vai que ele sabe quem é o pai da Nala, ela tava bem mais bêbada que eu

era 2 horas da manhã e eu tava muito bêbada, tinha nem controle das minhas ações, do nada um menorzinho chegou e me chamou

Xxx: dona o patrão ta chamando vocês lá no camarote - disse e eu olhei pra Nala que concordou

Mayara: bora lá né - fui subindo aquela escada, e quando eu cheguei la em cima, vocês não imaginam como tinha bandido bêbado pra caralho lá

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