**Capítulo 46**

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Playboy ●

Eu tava pilhadão.

Quase pulando de felicidade.

Ser pai é a melhor sensação que eu tive em tanto tempo.

Cuidar do Riquelme não era facil mas era gratificante saber que meu filho ia ser muito bem cuidado se dependesse dos pais.

Nala pegou uma infecção por conta de um dos materiais utilizados no parto.

Foi normal mas quem iria imaginar que ela tem alergia a borracha.

Eles ficaram uma semana no hospital pra fazer exames e quando receberam alta viemos direto.

A segurança naquele hospital foi enorme, o medo do pai dela tentar fazer alguma coisa, tava deixando todo mundo nervoso.

Sinistro não ia mas pra casa e não quis me contar o porque, eu fazia oque podia, as vezes eu ia visitar a Mayara junto com a Nala, mas mesmo assim não era sempre.

Eu tinha uma vida e um filho pra cuidar agora, eu não podia e nem ia fazer papel de pai pros meus afilhados.

Eles tem um pai, que uma hora vai cair na real do que ta fazendo.

E o Jorge? Nunca mais vi, ele tentou contato varia vezes mas eu não quis.

Não vou conversar com ele.

Pelo menos não agora.

Não estava conseguindo dormir então fiquei acordado, Riquelme acordava de quatro em quatro horas, bem regrado em horário então ja já ele choraria.

Foi só falar que ele começou.

Fui até o quarto dele e vi ele batendo as perninhas e os bracinhos, enquanto chorava, mas um choro fininho.

Playboy: Oi meu amor - passei álcool gel na mão e peguei ele do berço - ta com fome? - ele pegou no meu dedo querendo colocar na boca - acho que ta - ri e fui levar ele pra Nala.

Parei olhando pra ela por um tempo, podia estar com olheiras, o cabelo todo bagunçado, mas eu só conseguia ver a mulher da minha vida.

A mãe do meu filho, e a mulher que eu passaria o resto dos meus dias.

Playboy: amor - sentei do lado do corpo dela, segurando o Rique com o outro braço - amor acorda, hora do Riquelme mamar - me inclinei beijando o rosto dela que acordou aos poucos.

Nala: oi amor de mamãe - deu um cheiro nele e eu sorri - amor pega o soro pra eu limpar meu peito - assenti pegando na comoda junto com o algodão.

Playboy: toma - molhei o algodão no soro e dei na mão dela que limpou o peito e logo depois colocou o Rique pra mamar.

Sentei com o corpo encostado na cabeceira da cama e coloquei a Nala entre as minhas pernas.

Nala: ele é a sua cara - riu e logo depois fungou - eu queria tanto isso, você não faz ideia - virou olhando pra mim sorrindo com os olhos cheios de lagrimas.

Beijei sua testa como se pudesse passar tudo que eu sentia através daquele ato de carinho, me afastei sorrindo e ela sorriu mais ainda.

Playboy: eu amo vocês, são a minha vida você sabe não sabe? - perguntei pra ela que assentiu - é a minha vida pela de vocês.

Não era mentira, se precisasse eu tiraria de mim pra dar pra eles, sem pensar duas vezes.

Nala: me perdoa por ter causado tudo aquilo com seu irmão no começo, eu ainda era mimada demais pra entender que a vida não era o morango que meu pai mostrou.

Playboy: agora ta tudo bem - beijei sua cabeça - ele terminou de mamar? - perguntei vendo meu filho soltar o peito.

Nala: aham - falou baixinho - to morrendo de sono - bocejou respirando fundo.

Playboy: vai pra lá amor, isso - peguei o Rique do colo dela e dei uns "tapinhas" pra ele arrotar - vai dormir, a hora que ele capotar eu volto pra cama.

Nala; mas não é justo eu fico.

Playboy: você ta cansada, dorme ai, amanhã eu só saio a tarde, ta tudo bem - sorri pra ela que se cobriu contra a vontade, mas logo tava capotada também.

Foi papo de uma meia hora até o Riquelme dormir, ia levar ele pro quarto dele mas fiquei com dó, então só deitei ele no meu peito e passei o braço por cima.

Amanhã ia ser foda, trabalhar pra caralho.

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