★40. Papai tá aqui, prometo.★

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“What’s gonna be left of the world if you’re not in it
What’s gonna be left of the world oh
Every minute and every hour
I miss you, I miss you, I miss you more!”
(O que sobrará do mundo se você não tá nele?
O que restará do mundo?
Todo minuto e toda hora
Sinto sua falta, sinto sua falta, sinto mais sua falta.)
– Good Grief; Bastille

Pouco mais de duas semanas se passaram desde o falecimento de Brittany, e o fim de outubro se aproximava.

Os seis jovens passaram a semana do acontecimento sem ir à faculdade, mas não podiam continuar fazendo isso, então acabaram voltando.

Nenhum deles conseguia se concentrar muito bem, e já haviam falado com os diretores das faculdades, que acabaram entendendo a situação.

Caroline iria ficar na casa de Matt, Louise e Peter até após o Halloween; faltava uma semana para que ela fosse embora. Matthew era provavelmente o pior entre eles, com exceção de Robert e Melanie. Ele nunca havia se apaixonado; gostara de umas garotas durante o fundamental, mas nenhuma como o que sentia por Brittany. Era como se ele fosse capaz de fazer qualquer coisa por ela. Brittany era a America* do seu Maxon*, a Gabriella* do seu Troy*, a Lara Jean* do Peter K.*, a Hermione* do seu Rony*, a Brittany do Matthew.

Ele tinha medo do que poderia acontecer agora que ela não estava ali. Se algo acontecesse com John, ele saberia resolver? Quando ele perguntasse sobre a mãe, o que diria? Quando John questionasse porquê a maioria de seus amiguinhos tinham uma mamãe, qual seria sua resposta?

Matthew acordou por volta das duas da manhã com o choro de John vindo do quarto ao lado. Levantou rapidamente e foi até o filho.

— Oi, bebê, o que foi? — pegou-o no colo

Matthew olhou a fralda, que não estava suja; não era hora de mamar, então fome não podia ser; ou era um pesadelo, bem improvável, ou dor.

— Se acalma, o papai tá aqui, shiii... — acariciou suas costas com cuidado, e o bebê não parava de chorar. — Vamos descer, não podemos acordar a vovó ou seus tios. — pegou o paninho dele no berço, e desceu as escadas, indo na sala.

John continuava chorando, quando Matt ofereceu leite, não fez diferença, confirmando que fome não é o problema.

— Imagina quando ele tiver cólicas, coitadinho! Já vi que precisa massagear a barriga dele, sabia?

— Será que é sua barriguinha que dói? — deitou-o em sua perna, começando a fazer massagem na barriga dele. — Pronto, tá tudo bem, filho, não se preocupa, já vai passar.

Carol, no quarto de hóspedes, acordou com o choro do bebê, e tão acostumada a levantar de madrugada com Matthew, desceu as escadas.

Matt conversava com o filho, acariciando sua barriga, e o menor já não chorava, apenas resmungava um pouco.

— Pronto, passou, viu? Tudo bem agora, vamos dormir? Sabia que é hora de você estar dormindo, menino? Pois é, são quase duas e meia da manhã...

Ele levantou com John no colo, e o pequeno deitou a cabeça em seu ombro. Matthew começou a andar pela sala fazendo-o dormir.

Ele nāo demorou muito a cair no sono, e Matt continuava balançando-o com cuidado pela sala escura.

Algumas lágrimas começaram a cair de seus olhos em silêncio, e ele tentava ficar em silêncio para que o filho não acordasse em seu colo.

Seis Últimos MesesOnde histórias criam vida. Descubra agora