Capítulo 45

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Eu fiquei com a Ayla todos os dias durante as primeiras semanas de férias, o Max só vai ficar de férias no mês de janeiro, então vamos nos virando sem ele, por enquanto.

Ayla está bastante animada para o primeiro natal em família, acabamos chamando todos da família do Max para vir passar o Natal conosco.

A família Li e a Taylor não deram certeza, ao que parece é a primeira vez deles juntos também; mas a dona Elisa e o senhor Roberto irão vir.

- Tia - Ayla me chama. - me ajuda a escrever uma cartinha para o papai noel?

- Claro meu docinho, o que quiser - digo me sentando ao seu lado no chão.

Já tinha pego todo os matérias para escrever a cartinha e depois enfeita-la.

- O que quer pedir? - pergunto já com a caneta na mão.

- Nada - ela fala. - Já tenho tudo que poderia querer.

Fico sem palavras com a sua doçura.

- Então o que quer colocar na carta?

- O papai noel voa muito longe com o trenó e as renas, acha que ele consegue chegar no céu?

- Acho que ele pode fazer tudo - sorri. - Pra quem quer mandar a carta?

- Para minha mãe, quero dizer o quanto estou feliz e quero pedir uma coisa pra ela também.

- E o que seria?

- Não posso dizer, é segredo.

- Segredo? Não sabia que havia segredos entre a gente - brinco com ela. - Mas eu conheço um jeito muito mais rápido do que escrever uma carta para o papai noel.

- Qual?

- Meu docinho, sua mãe está te vendo mesmo de longe, ela sabe que você está feliz e sempre que quiser falar com ela é só fechar os olhos e começar a falar, se você pedir muito ela vai aparecer nos seus sonhos e te da a resposta para sua pergunta - ela me olha atentamente. - Mas tem que desejar com o coração.

- Eu desejo de coração.

- Então vai acontecer, por que não tenta essa noite? - ela sorri animada.

- Mas podemos escrever uma carta para o papai noel?

- Claro.

Ela começa a falar e eu escrevo.

- Querido papai noel, eu fui uma boa menina e me comportei como prometi, obrigada pelo meu presente e obrigada também por ter me dado uma nova família, amo muito eles e tenho tudo o que sempre quis, quer dizer, quase tudo, mas deixa esse outro pedido para o Natal que vêm, muito obrigada por tudo. Assinado: Ayla Smith.

Ela diz tudo e eu anoto, fico intrigada com o que seja esse outro pedido, mas algo me diz que ela não vai contar.

Terminamos de enfeitar a carta.

- Onde eu coloco? - ela pergunta logo depois. - Não temos lareira como nos filmes.

- Quando eu era criança a minha mãe colocava essas meias pequenas na árvore de natal, como um enfeite, o que acha?

- Umas pequeninas que eu vi na caixa?

Concordo e me levanto para pega-las.

- Tenho essas três meias, a verde com o boneco de neve era do meu pai, e as vermelhas - digo levantando as mãos com os enfeites. - A com a árvore de Natal era da minha mãe e a da guirlanda de natal é minha.

- Uau, podemos usar? - ela sorri animada.

- Claro que sim, acho que eles iriam ficar feliz.

Colocamos as cartas nas meias e pendurados os enfeites na árvore.

Montamos a árvore no início do mês, foi divertido fazer isso com eles, já estava acostumada a fazer essa é muitas tradições sozinha.

- Tive uma idéia! - digo. - E se fizéssemos biscoito de Natal?

- Sim! - ela grita animada.

- Ainda vou ficar surda com esses gritos - ri dela.

Fomos até a cozinha, onde a bagunça ir começar. Pego os ingredientes e depois as bandejas.

- Nossos biscoitos podem ser decorados? - Ayla pergunta.

- Não só podem ser decorados como também podem ter formatos diferentes, o que acha?

- Iupê! - ela grita.

- Vamos procuarar, tenho certeza que ainda tenho umas no depósito.

- Onde que é?

- É um quarto que uso para guardar as coisas antigas, basicamente as coisas dos meus pais - digo enquanto subimos as escadas.

Vamos para o quarto que mantenho sempre trancado.

- Eu sempre esqueço como eu gosto de entrar aqui - sorri. - Parece que estou perto deles de novo.

- Mas você está - Ayla fala. - Seus pais estão te vendo, assim como a minha mamãe, se quiser falar com eles é só imaginar, você consegue tia.

Sorri com a sua inocência, é tão bom ser criança.

- Tenho certeza que sim, meu anjinho, mas quem sabe outro dia? Viemos uma missão.

- Achar as formas de biscoito. Iupê!

Voltamos a procurar e logo encontramos, a cada vez que pegava uma coisa vinham as recordações e os sorrinhos e lágrimas involuntárias.

Voltamos a cozinha e começamos a preparar os biscoitos. Foi farinha para um lado, glacê para outro, só sei que sei dessa coberta de farinha, e bastante massa no meu rosto, a Ayla não saio diferente. Foi divertido.

Depois de toda a bagunça a Ayla e eu colocamos os biscoitos prontos em um prato para servir para o seu pai assim que chegasse.

Ouço uma batida na porta e grito.

- A porta está sempre aberta.

Ele entra e vem em direção a cozinha.

- Será que entrei na casa errada? - ele fala fingindo surpresa. - O que aconteceu com vocês? O fogão cuspiu toda a comida em vocês?

- Muito engraçadinho, papai - Ayla fala. - Estavamos fazendo biscoitos de Natal.

- Biscoitos? Será que sobrou algum para mim?

- Depende - pisco para Ayla. - Você não parece estar vestido apropriadamente para comer os nossos biscoitos.

- Não? - ele desconfia. - Precisa está sujo como vocês?

- Sim! - gritamos juntas. - Guerra de farinha.

Jogamos farinha que estávamos em nossas mãos no Max.

- Isso não é justo - ele fala.

- Não mesmo, me dá um abraço - Ayla abre os braços lambuzados da massa do biscoito e glacê. Max cai direitinho.

- Também quero - digo me juntando a eles.

- Ah não, vocês estão todas sujas - ele finje chateação.

- Agora você também, papai - Ayla solta uma risada muito boa de se ouvir.

Assim foram nossos dias, entre muito riso e brincadeira, foi um perfeito natal.

Continua...

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Beijos, Larissa.

Minha Pequena AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora