Capítulo 37

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Mais alguns dias se passaram e já estava chegando a hora de voltar pra minha cidade.

Eu e o Max continuamos estranhos um com o outro, tenho passado a maior parte do meu tempo com a Ayla.

Todos foram embora ontem a noite e nós vamos embora amanhã a tarde, logo voltamos as nossas rotinas.

- Tem certeza que vocês têm que ir embora amanhã? - dona Elisa nos pergunta.

- Temos sim - ri fraco. - Mas vocês podem ir nos visitar sempre que sentirem falta da pequena.

- Então vocês vão ter que me levar junto agora - ela brinca fazendo todos rirem.

- Mas pode deixar que na próxima oportunidade estaremos lá - Roberto fala. Sorri com a notícia.

Termino de por a mesa com eles e subo para terminar de arrumar a mala.

Quando eu chego no quarto o Max estava deitado com a Ayla.

- Eu venho depois - digo após ver os olhos curiosos deles em mim.

- Não precisa, estávamos falando de você - Max diz.

- Posso saber o que vocês falavam de mim?

- Não - Max diz.

- Segredo, tia - Ayla sorri. - Eu vou ver a vovó e o vovô agora.

A minha pequena sai do quarto me deixando a sós com o seu pai.

- Bom, eu acho que também vou - viro rapidamente em direção a porta.

- Espera - ele me segura pelo braço.

Olho para ele que me encarava intensamente.

- O que quer? - pergunto.

- Conversar.

Ele me solta e faz menção para que sente na cama. Sentamos e ele começa a falar.

- Sei que foi bobo da minha parte ficar agindo dessa maneira com você esses dias, era pra ser um feriado divertido e deixei o clima chato entre a gente, você me desculpa? - ele diz tudo de uma vez. Fico surpresa com suas palavras.

- Eu que peço desculpas por me meter, você tem razão, você deve saber o que é melhor pra ela bem mais do que eu - digo.

- Isso significa que não acha mais uma boa idéia ela voltar na antiga casa?

- Não, ainda acho que ela precise disso.

- Se você não mudou de opinião, por que está se desculpando? - ele levanta na cama de repente.

- Não pedi desculpas pelo que penso, pedi pelo que falei, mas não mudo o meu ponto de vista só por você não concorda com ele - digo com a voz um pouco alterada.

- Que bom saber disso, me sinto menos culpado agora - diz ainda sério. - Você tem razão.

- Tenho?

- Sim, você tem razão quando disse que eu sei o que é melhor pra ela mais que você - ele diz sério e frio. - Vou deixar você arrumar suas coisas, se precisar de mim estarei com a minha filha - ele deu ênfase na palavra "minha".

- Como pode dizer uma coisa dessas? Ela é sua filha, nossa menina e eu só quero o melhor pra ela.

- Ela é minha filha e eu digo o que é melhor. Não se meta mais nos assuntos que compete a Ayla e a mãe dela.

Não consegui dizer mais nada. Ele saiu me deixado sozinha

Ele já disse tudo, a filha é dele e somente dele, ela nunca vai ser minha, o Max não tem nenhuma intenção de dividir ela comigo.

Minha Pequena AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora