Melinda
Desde que Max e eu nos acertamos ele vem tentando de todas as formas compensar o tempo perdido.
Com isso, ele sempre chega no horário em casa, saímos algumas noites em família, outras ficamos em casa os três e depois que colocamos a Ayla na cama aproveitamos o nosso momento a dois.
Ele me convida algumas vezes para dormir em sua casa e se convida para dormir na minha, mesmo não sendo a primeira vez, acho que ainda não estou pronta para dar esse passo.
Ainda não conversamos sobre isso, e ele não sabe que ainda sou virgem. Não sinto vergonha, mas fico insegura sabendo como o Max é experiente.
- Tia, vamos para onde esse fim de semana? - Ayla pergunta me tirando dos meus pensamentos.
- Bem, o seu ainda não disse - digo para ela. - Mas ele disse que iríamos gostar.
- O papai não mente, deve ser um lugar muito legal - ela diz animada.
A minha pequena parece estar mais tagarela que antes, acho que esses dias sem falar serviu de repouso para o que vinha por aí.
O sinal tocou avisando que já estava na hora da saída.
- Sem correr crianças - Aviso, mas é em vão, todos saem correndo da sala.
A Ayla fica a minha espera enquanto pego as minhas coisas.
- Vamos, meu docinho? - estendo a minha mão livre para que ela a pegue.
Seguimos juntas para a saída da escola, e como de costume nesses últimos dias, o Max já nos espera.
- Senhoritas - ele nos cumprimenta galanteador.
Abre a porta para as duas, e após colocar Ayla na cadeirinha da a volta e se senta no banco do motorista iniciando a partida.
- Papai para onde vamos amanhã? - Ayla pergunta.
- Para um lugar especial - ele diz. - A noite conversamos minha pequena luz.
- E eu? - pergunto.
- Amanhã saberás - ele diz simplesmente.
- Isso não é justo - finjo irritação.
- Amanhã vai chegar rápido, tia
Fomos conversando sobre outros assuntos no caminho, o Max não quis dizer o que vamos fazer por todo esse tempo que fui comunicada do nosso fim de semana.
Fomos todos para casa do Max.
- Direto para o banho mocinha - Aviso a Ayla que já havia corrido para a cozinha.
- Sim, mam... tia - ela se espanta. Impressão minha ou ela ia me chamar de... não, esquece.
- Vou te ajudar filha, depois descemos - Max diz. Ele me dá um selinho antes de subir as escadas com a Ayla.
Enquanto eles estão no banho eu preparo o almoço.
--♡--
- Vai, amor, conta logo - imploro para ele.
Já passa das nove horas da noite e a pequena já esta dormindo. O Max conversou com a Ayla e ela parecia animada com o dia de amanhã, quase não conseguimos colocá-la para dormir, e por isso estou ainda mais curiosa para saber para onde vamos.
- Quando chegar vou vai saber - ele fala.
- Você é muito mal, senhor Smith.
- É mesmo? - ele pergunta. Concordo com a cabeça, mas logo percebo que foi uma má idéia.
Ele começa a me fazer cócegas, me fazemos rir horrores e até ficar um pouco sem ar.
- Tá bom, tá bom - digo ofegante. - Você não é mal.
- Muito bem, agora me conta mais do seu dia.
- Eu passo o dia com crianças correndo de um lado para o outro, não têm muito o que falar.
- E quando chega em casa tem mais uma - ele fala sem graça. Sei que ele se sente culpado pela responsabilidade que carrego, mesmo ele não tendo pedido.
- Mas é diferente - digo. - A Ayla é minha, não é a mesma coisa correr atrás dos filhos dos outros e do seu.
- Por que acha isso?
- Sei lá, só não é trabalho, eu fico com a Ayla porque a amo, e mesmo amando o meu trabalho eu o trocaria facilmente se eu tivesse que cuidar dos meus filhos e de mais três Aylas.
- Ayla é um nome bonito, mas não precisamos colocar no nome de todos os nossos filhos - ele fala me fazendo ri.
- Seu bobo - falei rindo.
- Mas você me ama mesmo assim.
- E ainda por cima é convencido.
Rimos.
- Dorme comigo hoje? - ele pede.
- Não sei, acho melhor ir pra casa mesmo.
- Vai, amor - ele faz carinha triste. - Só hoje.
Ainda estou relutante a aceitar, mas não posso negar que fico tentava com seu convite.
- Juro que não vou tentar nada, vou me comportar - ele fala. Coro envergonhada.
Será que ele sabe?
- Bom, a menos que você queria que eu faça algo - ele sorri malicioso.
- Max, eu... - ele me interrompe.
- Não se sinta pressionada, vou respeitar sua decisão - ele diz carinhoso.
- Eu ainda não fiz, é... - me embaralho com as palavras. - Eu não acho que esteja pronta, eu confio em você, mas...
- Você quer dizer que ainda não... - ele supõe surpreso.
- Eu sou virgem - digo de uma vez, fecho os olhos já sentindo minhas bochechas queimarem.
O que ele vai achar sobre isso, e se ele achar bobo?
Paro os meus pensamentos ao sentir ele me puxar e depositar um beijo na minha testa.
- Não se envergonhe por isso, eu meio que já suspeitava - Max diz.
- Como? Está tão na cara assim?
- Não, Melinda - ele sorri fraco. - Só imaginei mesmo, mas isso não é importante, se você fosse ou não fosse não mudaria a forma como te vejo e te amo.
- Eu não te contei antes porque tive medo que me achasse inexperiente e não me quisesse mais, eu não suportaria.
- Como eu faria uma coisa dessas, eu te amo independente e tudo, e não importa a sua experiência, eu vou esperar pelo seu tempo, até mesmo depois do casamento.
- Casamento?
- Sim, vamos nos casar um dia, você não quer?
- Claro que quero, meu amor - sorri boba. - Quero tudo com você.
Ele sorri.
Confesso que toda minha segurança foi embora ao ouvi-lo, ele é tão perfeito e tão meu, apesar de não ser o melhor momento eu sei que estou pronta para quando ele chegar, eu sei que quero ser sua para sempre.
Passamos a noite juntos e na manhã seguinte iríamos viajar para algum lugar ao qual ainda não soube nada, mas espero que esse lugar nos traga ainda mais união.
Continua...
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Olá meus amore!
Queria agradecer a vocês pelos 3k de visualizações, vocês são o máximo ❤
Feliz Natal ❤
Beijos, Larissa.
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Minha Pequena Ayla
RomanceMelinda, uma professora do jardim de infância que ama o seu trabalho, cansada do amor e de procurar o seu par perfeito começa a crer que sua família se resume aos seus alunos e sua única amiga, mal sabe ela que sua vida acabará de mudar quando um ho...