Capítulo 41

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Maxwell

A Melinda ainda não fala comigo, e já se passou uma semana desde que ela foi embora da casa dos meus pais.

Minha mãe me liga todos os dias para saber da Ayla, me dá sermão e pergunta da Melinda, é incrível como em menos de uma semana a Melinda conseguiu conquistar meus pais e minha família.

Maya como sempre me dá conselhos e levantou a voz para mim algumas vezes, sei que mereci todos as vezes.

O Joseph está mais calmo e até voltou a falar comigo, ao que parece teve um empurrão da Vick pra isso, falando nisso, tive uma ligação com ela um tempo atrás e ela me prometeu que cuidaria da ruiva pra mim e me avisaria quando não fosse mais um campo minado.

Vocês devem está pensando que ela está do meu lado, mas isso nunca aconteceu, ela disse que a Melinda já tinha tomado o lugar dela, então ela seria sensata como seria a minha ruivinha, claro que se eu não tivesse sido tão estúpido ela não precisaria ser a Vick para suportar tudo isso, então eu mereço cada esporro ou gelo que estou levando.

- Vick mandou te avisar que tem mais navio do que minas - Joe fala quando passa por minha sala.

Sorri com isso.

Ela vem mandando mensagens em código através do Joseph, e essa quer dizer que a raiva da Melinda está diminuindo.

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O tempo foi passando bem divagar, confesso. Desde que a Melinda me chamou para conversar o relógio começou a retardar.

E parecia que quanto mais demorava mais o meu coração doía. É saudade e culpa, aí se eu não fosse tão idiota.

Para completar a Ayla não quis comer, mas foi bom ter a Melinda aqui conosco de novo, ela é uma ótima mãe para Ayla, e com toda certeza, eu sem ela não seria um bom pai.

- Obrigada - agradeci assim que a vi descer as escadas.

- Pra quem não precisa de mim pra nada, e que sabe o que é melhor pra Ayla , está muito dependente, não acha?

Ela soltou de repente mostrando o quanto ela está magoada.

- Eu sei que mereço isso - digo a deixando ainda mais confusa. - Podemos conversar?

Ela apenas concorda com a cabeça e senta no sofá, faço o mesmo.

- Me perdoa, eu não queria ter dito aquelas coisas, só estava com medo e queria proteger a minha menina.

- Eu tenho a mesma intenção, minha prioridade sempre vai ser o bem estar da Ayla, eu nunca iria fazer algo que poderia a machucar, sem ao menos ter um propósito.

- Eu sei, e você está certa.

- Como disse?

- Disse que estava certa, ela merece uma despedida.

- Precisou de uma semana para chegar a essa conclusão?

- Precisei de uma semana para que você me escutasse. Que você estava certa eu sempre soube, só não quis admitir.

- O que te fez mudar de idéia?

- Bem, eu me dei conta que você não estava falando da Ayla, de certa forma - Ela desvia o olhar. - Estava se referindo a você o tempo todo, foi assim que você conseguiu seguir em frente e por isso achou que seria um caminho melhor para Ayla.

- Eu sei como é difícil não ter uma mãe por perto, principalmente quando se é uma garota e precisa de conselhos, me apegar aos bens materiais que ela deixou me faz sentir mais perto dela.

- Teus olhos brilham todas as vezes que fala dos seus pais, ou todas as vezes que fala sobre sua casa, esse é o bem que te faz lembrar deles, não é?

Ela apenas confirma com a cabeça.

- Aceita sair comigo e com a Ayla esse final de semana? Temos algumas coisas pendentes para resolver.

- Aonde vamos? - pergunta confusa.

- Confia em mim.

- Claro que eu confio, me desculpa por não te da brecha para se explicar, e também por ter me metido tanto na vida de vocês.

- Você não tem que se desculpar por nada, e não existe nossas vidas sem você nela - a puxo devagar para mais perto de mim. - É a nossa casa, nossas vidas, e a nossa filha - dou ênfase na palavra. - Eu te amo, Melinda.

Ela me beija. Como senti falta desses lábios juntos ao meu.

- Também te amo, Max - ela disse logo após o nosso beijo.

- Eu sabia! - grita minha filha das escadas. - Vocês são namorado e namorada de novo?

- Nunca deixamos de ser minha pequenina - Melinda responde.

- Então quer dizer que sua voz voltou magicamente - a olhei desconfiado.

- Acho que sim - ela da de ombros. - eu só vi o beijo e bum - ela um barulho com a boca imitando o som. - E pronto, já estava falando também.

Melinda riu da sua explicação e não pude conter o riso também.

- Essa nossa filha, em - digo ainda rindo.

- É, nossa menina - ela sorri para mim.

Ayla corre para nossos braços e ficamos assim por mais alguns minutos. Depois colocamos a pequena para dormir.

Sei que ainda tenho um longo caminho para conseguir consertar as coisas totalmente, mas o primeiro passo já foi dado e os próximos serão com as minhas garotas comigo, tendo elas do meu lado nada se torna difícil.

Continua...

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Beijos, Larissa.

Minha Pequena AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora