Epílogo

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Melinda

Segundo natal em família e não posso esperar para contar a novidade para todos.

Desde o último natal houve tantos acontecimentos, como o nosso noivado/casamento.

A família da Maya está muito presente em nossa vida, a Malu vive lá em casa, e o Andrew também, a Ayla já aprendeu a falar e o nome dele o que o deixa menos irritadinho. É divertido ter uma família grande assim.

Viajamos bastante para casa dos pais do Max, queremos a Ayla seja próxima aos seus avós, assim como é próxima de nós.

A Ayla vem crescendo cada dia mais, agora é uma menina grande, como ela mesma diz.

O Natal será com a família completa novamente, mas dessa vez nos que iremos para a casa da Elisa.

Arrumamos nossas malas bem antes para não ter nenhum contra tempo. Estávamos na sala esperando o Max trazer todas as malas, e a Ayla escolhendo que boneca ou pelúcia ela ia querer levar. Sim, ela já se desapegou do coelho de pelúcia que ela tinha, mas mesmo assim eu o guarde, pois renderá boas histórias quando ela estiver mais velha.

- Mãe, mamãe - Ayla grita por mim. - O papai noel vai me achar na casa da vovó?

- O seu pai não já te explicou? - pergunto. - O bom velhinho sabe exatamente onde você está, acredite. O papai Noel vai te encontrar em qualquer lugar que você estiver e for passar a noite de natal.

Ela deu um sorriso e voltou a pegar suas coisas.

Iremos de avião dessa vez, pois estou tendo muito enjoo matinal e com o balanço do carro só iria piorar.

- Prontas? - Max fala ao descer com a última mala. 

Assentimos empolgadas e seguimos para o aeroporto.

No caminho até lá a Ayla ficou falando sobre como ia ser o natal, que estava empolgada para vê toda a família e que estava com saudades deles. Eu e o Max apenas assentimos e deixamos ela falar, pois quando começa a falar, só encontrando o botão de desligue, porque a Ayla não para nem um minuto. Isso me faz rir, pois é irônico.

Quando Ayla chegou aqui ela não falava nada, a gente estava tão preocupados que ela nunca fosse falar, e olha para ela agora. Ri com meus pensamentos. Mas ainda me lembro da primeira vez que a ouvi falar.

Flashback on.

— Não foi nada, é o mínimo que posso fazer — ele sorri. — Que tal jantar conosco hoje, Srta. Fernandes?

— Muito gentil da sua parte, Sr. Smith, mas vou ter que recusar — digo e vejo seu olhar, nunca vi esse olhar antes, talvez decepção, mas por quê? Ele esperava que eu aceitasse mesmo?

— Deixa para uma próxima então — ele fala sem graça.

— Tchau, até amanhã — digo para ele e dou um beijinho na cabeça da pequena.

Me viro para ir para casa, mas paro de andar assim que escuto algo.

— Fica — ouço a voz que nunca tinha ouvido antes, uma voz fina e doce, uma voz que me fez encher meus olhos de lágrimas.

Me viro quase que na mesma hora, já sabendo de onde ela vinha.

— O que disse? — pergunto com os olhos cheios de lágrimas. Posso ver o Max pelo canto dos meus olhos e ele parece em choque. — Repete pra mim, princesa.

— Fica — ela repete com um pouco de dificuldade dessa vez. Eu, nesse momento, já estou em prantos, as lágrimas rolam em meu rosto e eu sorri. — Fica comigo, tia Linda — ela fala tão doce e de forma tão linda e delicada, não tem como não se apaixonar por essa garota.

Minha Pequena AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora