Minha Pequena Ayla

Capítulo 23

Melinda

Algumas semanas se passaram desde o nosso primeiro encontro, tivemos mais alguns e tem sido maravilhoso.

Em nosso primeiro encontro, ele me levou para jantar, foi um restaurante chique e me senti um pouco desconfortável com tantos olhares curiosos. Não demoramos muito no restaurante e logo seguimos para fazer uma caminhada na praia. Amo tanto fazer isso, passar um tempo ao ar livre.

Conversa, beijos e sentimentos. Isso descreve todos os nossos encontros até hoje. Tem sido mágico, nunca vive emoções tão parecidas com essa.

Eu e a Ayla estamos muito apegadas, passamos os dias juntas e algumas noites também, quando o Max tem algum jantar de negócios ou alguma reunião a noite eu me junto a Bia para cuidar da pequena Ayla, e algumas vezes a coloco para dormir junto ao seu pai.

Essa semana vamos ter um fim de semana prolongado graças aos feriados, ficaremos em casa de quinta até terça, voltaremos as atividades na quarta feira que vem.

Eu nunca me animo com esses feriados, geralmente fico em casa trabalhando nas próximas aulas, e vou algum dia para casa dos pais da Vick, eles são pessoas maravilhosas.

Esse não vai ser diferente, as pessoas aproveitam para viajar, mas não tenho para onde ir, então fico na cidade.

Hoje já é terça, falta um dia e meio para início do feriado e minha animação está zero.

- Tia Linda. - uma das crianças chama a minha atenção.

- Sim, Brenda?

- Vamos ter aula de educação física hoje?

- Sim.- olho as horas no meu relógio de pulso. Ele está atrasado. - Crianças arrumem as suas coisas que o tio Hector já deve está chegando.

- Olá criançada. - Ele entra chamando a atenção de todos.

- Bom dia, tio Hector! - as crianças gritam em uníssono.

Ele faz uma careta e leva a mão ao ouvido.

- Vocês ainda vão me deixar surdo. - Ele diz rindo.

- Crianças, podem sair para quadra. - aviso para eles. Eles começam a reunir seus materiais e a saírem da sala.

Eu volto a minha atenção aos cadernos que estão em cima da minha mesa.

- Linda?- ouço Hector me chamar.

- Sim? - respondo séria e focada nos meus livros.

- Nunca mais nos falamos, como você está? — ele é gentil. Entranho esse interesse repentino, mas o respondo.

- Bem, e você?

- Melhor agora.- me seguro para não revirar os olhos. Foi um sacrifício já adianto. - planos para o fim de semana?

- Vou ficar por aqui mesmo, como sempre. - respondo e dou um sorriso gentil.

- Entendo. - ele diz. - eu vou viajar pra São Paulo com alguns amigos, não quer ir com a gente?

- Não, obrigada. - Digo gentilmente. - não me sentiria a vontade.

- Entendo, mas se mudar de ideia é só me avisar. - ele diz e depois pisca um olho só para mim. - Vou indo, até mais. - ele diz e sai da sala.

Depois que ele sai posso revirar os olhos o que estava querendo fazer desde que ele começou a falar. Assim que ele passa pela porta a Vick entra.

- O que o galã da cidade queria com você? - ela diz ao sentar numa cadeira a minha frente.