Capítulo 40

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Melinda

Já passou uma semana desde a briga na casa dos pais do Max, durante a semana ele tentou se desculpar diversas vezes, mas não estou pronta para ouvi-lo.

A minha pequena ainda não voltou a falar, e isso é o que mais me preocupa.

Eu não deveria ter ido embora sem me despedir, eu sabia o que eu significava para ele, isso foi irresponsável da minha parte.

- Não é culpa sua, Linda - Vick fala lendo meus pensamentos.

- Como sabia no que eu pensava?

- Você franzi o cenho quando está preocupada.

Um silêncio se instala na sala.

Estamos na sala de artes na qual a Vick da aula, estamos esperando os alunos chegarem para começar a aula.

- Tem conversado com o Max?

- Tenho evitado o máximo que posso - confesso para ela - Não está sendo fácil, aqueles olhos tristes acabam comigo.

Ela suspira alto.

- Você sabe que estou do seu lado, não é?

- Mas...?

Sempre tem um mas.

- Não acha que já está na hora de ouvi-lo?

As crianças entram me impedindo de responde-la, o que me deu mais tempo para pensar nessa resposta.

Depois da aula de pintura, eu fiquei esperado o pai da aula vir buscá-la, o que não demorou muito já que nessa última semana ele vem sendo muito pontual.

Ele a levou para o carro se desculpou pela milésima vez. Estou começando a cogitar o que a Vick disse, apensar de tudo eu ainda o amo, e todos merecemos uma segunda chance ou pelo menos o direito de se explicar.

- Espera! - o chamei. Ele pareceu surpreso, mas veio até mim.

- Sim?

- Podemos conversar mais tarde? - pergunto. Posso ver a sua surpresa com o que acabará de ouvir.

- Sim, claro - ele diz. - Na sua casa?

Apenas concordo e ele volta para o carro.

Ele sai e eu volto para dentro da escola.

- Você está horrível - Vick fala assim que me vê na porta da sala.

- Obrigada - ironizo.

Ajudo ela a limpar a sala e depois a guardar o que usamos. 

- Não sei como você consegue estar tão perto, e longe ao mesmo tempo, dele.

- Eu também não sei.

- Pensou no que eu disse mais cedo?

- Vou conversar com ele, da uma chance para ouvi-lo.

Ela sorri sem mostrar os dentes e concorda com a cabeça.

Ajudo a terminar de arrumar as coisas e depois sigo para minha casa.

Como todos os dias eu tomo banho e faço o jantar, depois me sento em frente à TV e fico a encarando, presa nos meus pensamentos, nem ouço o que é dito pelo apresentador do programa de culinária que gostava de assistir.

Não havia marcado horário com o Max, mas já estava ansiosa pela sua chegada.

Eu ainda estou chateada com suas palavras e minha opinião permanece intacta, mas eu o amo demais para simplesmente fingir que nada aconteceu entre nós, fingir que não nós conhecemos ou nos amamos.

Claro que deixarei as coisas fáceis para ele, não vai ser do dia pra noite que nossa relação irá voltar ao normal, se é que um dia isso vá acontecer, mas tenho que tentar pela Ayla.

Vejo meu celular vibrar no sofá e vejo na tela que acabo de receber uma mensagem do Max.

Mensagens on.

Sei que combinamos de nos encontrar na sua casa, mas a Bia não pode vir ficar com a Ayla, pode vir aqui depois que eu colocar a Ayla na cama?

Sem problemas
Posso colocá-la para dormir hoje?

Ela iria amar

Chego em alguns minutos.

Mensagens off.

Vou até o meu quarto e me troco rápido, desço e vou praticamente correndo até a casa do meu vizinho.

Depois de duas batidas na porta ela é aberta pelo Max.

- Oi - ele diz calmo.

Ficamos nos encarando por um tempo, confesso que estava com saudades desse olhar sobre o meu.

- Vim muito cedo? - pergunto saindo do transe.

- Não, chegou na hora certa - ele diz. Passa a mão pelos seus fios escuros e olha para o chão. - Não sei mais o que fazer para a Ayla comer.

- Claro - digo apenas. É perceptível a sua vergonha.

Ele me dá espaço e eu entro indo em direção a cozinha.

Vejo a Ayla olhando para o prato cheio e a mesa cercada de comida.

- Quer dizer que a princesa não quer comer? - Dou-lhe um susto. Ela sorri e vem correndo para os meus braços.

Não fazia nem duas horas que não havia, mas não consigo explicar a falta que senti.

Não posso ver o Max, mas tenho certeza que ele nos observa.

- Um passarinho verde me contou que você ainda não jantou - Ela olha pra o pai, que como previ, estava atrás de mim.

- Ouviu ela, foi o passarinho - ele diz.

Ela nos olha desconfiada.

- É verdade minha pequena? - ela assenti. - Vamos resolver isso, então.

Pego a sua mão e caminhamos juntos até a mesa. Preparo um sanduíche e a entrego.

Depois de comer a ajudo a se arrumar para dormir, fico com ela até ver que ela realmente pegou no sono.

- Obrigada - Max diz assim que me vê descer as escadas.

- Pra quem não precisa de mim pra nada, e que sabe o que é melhor pra Ayla , está muito dependente, não acha?

Sei que fui grossa, mas escapou.

Ele arregala os olhos assustado com o que ouviu e faz menção que vai dizer algo.

Continua...

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Vai rolar briga ou reconciliação?

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Beijos, Larissa.

Minha Pequena AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora