Maxwell
Depois de um jantar longo, com minha filha contando como foi na escola, dei um banho na Ayla, e ela dormiu. Aproveito e vou ver a Melinda, e tentar descobrir o que fiz para ela me tratar daquela forma.
Torcendo para que Ayla não acorde, vou calmamente e a passos largos para fora de casa.
Chegando na casa dela toco a campainha e logo ela é aberta pela minha vizinha.
— Podemos conversar?
Ela permanece em silêncio por um segundos e só aí percebo como ela está vestida. Ela é linda de qualquer jeito.
É a primeira vez que a vejo com roupas assim, ela tem um estilo sério como a Maya, mas as vezes a vejo usar uns vestidos que a deixam fofa, ela é linda de qualquer jeito e eu estou completamente ferrado.
— No que posso ajudar, Sr. Smith?
— Nisso — ela me olha confusa. — Nessa formalidade toda, não já tínhamos combinado nos tratar pelos nomes?
Ela respira fundo e parece relutante no que vai dizer.
— Quer entrar? — ela fala abrindo mais a porta e me dando espaço para que entre.
— Obrigado — digo e entro na sua casa, que é muito bonita por sinal. É a primeira vez que entro aqui, e sinto algo bom, tem um jeitinho de casa de família.
— Era dos meus pais — ela fala e olho para ela. — A casa. Era deles.
— É muito bonita — ela sorri em agradecimento, mas não o sorriso lindo que ela tem, e sim um sorriso triste. — Você está bem?
— Aham — ela murmura. — E a Ayla?
— Dormindo — sorri ao lembrar dela. — Estava muito cansada, tanto que nem enrolou na hora de dormir.
— Imagino — ela fala apenas.
— O que eu fiz, Melinda? — pergunto e dou mais um passo me aproximando dela e sigo andando até parar em sua frente. — Me diz o que fiz de errado com você para que eu possa corrigir.
— É... n...não fez nada, Max — ela gagueja e quando ameaço chegar ainda mais perto ela recua um passo.
— Por que está nervosa? — digo em um sussurro, estamos tão próximos que se eu falar no meu tom de voz habitual vai parecer que estou gritando.
— N... não — ela fala, respirar e fecha seus olhos. — Não estou nervosa.
— Me fala, por que está me tratando assim?
— Não estou te tratando de nenhuma maneira, você é o pai de uma das minhas alunas e devo te tratar como trato os demais — ela fala olhando para o chão.
— Mas eu não sou como os outros pais — ela me olha. — Somos amigos, é normal termos mais intimidade um com o outro.
— Mas a escola é o meu trabalho e devo separar minha vida pessoal da profissional — ela fala e desvia o olhar novamente. — Acho melhor a gente se afastar.
— Você não quer isso, Melinda — digo. Passo uma mão por trás dela, a segurando pela cintura e a outra uso para segurar o seu queixo e ergue-lo para que a mesma me olhe nos olhos. — Eu não consigo mais ficar longe de você e sei que você sabe tanto quanto eu que rola alguma coisa entre a gente.
— Não diga bobagens — ela fala sussurrando. Como a voz dela fica sexy assim. — Acho melhor nos afastarmos.
— Se você não se sente atraída por mim me diga olhando nos meus olhos e prometo que te solto — digo e ela me olha nos olhos.
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Minha Pequena Ayla
RomanceMelinda, uma professora do jardim de infância que ama o seu trabalho, cansada do amor e de procurar o seu par perfeito começa a crer que sua família se resume aos seus alunos e sua única amiga, mal sabe ela que sua vida acabará de mudar quando um ho...