Capítulo 28

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Após alguns minutos perdida pela casa, consigo encontrar a cozinha onde vejo a dona Elisa e minha pequena Ayla se lambuzando com alguma comida.

- Olha quem acordou. - Diz a dona Elisa.

- Tia. - Ayla diz.

- Oi meu amor. - Vou até ela depositando um beijo na sua testa limpa. - O que estão aprontando?

- Sobremesa. - Ela diz.

- Pudim de chocolate, o preferido dos meninos. - Elisa explica.

- Não sabia. - Digo.- querem ajuda?

- Toda ajuda é bem vinda. - Ela sorri.

Sorri e coloco o avental que ela acabará de me entregar. Passamos os próximos minutos conversando e preparando a sobremesa.

- Onde está a Charlotte?- Ayla pergunta.

- Ela foi buscar sua surpresa. - Elisa diz. - Tenho certeza que vai amar.

- O que é, vovó?

- Surpresa, meu passarinho.

- Tá bom. - Ayla se da por vencida.

- O Andrew e a Malu estão por aqui? Ainda não os vi. - pergunto.

- Não, ainda não chegaram. - Ela responde. - Talvez venham com a Charlotte.

Assenti e voltei minha concentração para o doce.

- E você Linda, não trouxe mais ninguém?

- Todos já tinham seus compromissos, e o Max me chamou de última hora. - explico.

- Entendo, imagino que seus pais não tenham gostado de passar esse fim de semana longe. - Ela diz.

- A tia Linda não tem mamãe, vó. - Ayla diz. - assim como eu.

- É verdade, Linda?- Elisa pergunta. Tem uma afeição diferente agora, acho que preocupação.

- Sim, meus pais morreram faz alguns anos. - digo.

- Me desculpe, sinto muito. - Ela diz sem graça.

- Tudo bem, já faz muito tempo. - forço um sorriso. - Agora a minha família se resume a minha melhor amiga, a Vick, o meu amigo que é como irmão, o Joseph e esses dois furacões que invadiram a minha vida.

- Não sou furacão, tia. - Ayla diz. - sou menina. - rimos.

- Claro, minha pequena. - Digo para ela. - Mas quis dizer que vocês chegam de repente e se aproximaram muito rápido.

- Tá bem, mas eu posso ser uma menina furacão, então?- ela pergunta.

- Você pode ser tudo que quiser. - respondo.

Olho para a Elisa que nos analisava, ela tinha um olhar curioso e um sorriso nos lábios.

- Tudo bem, dona Elisa?- pergunto.

- Me desculpe, estava distraída. - Ela diz voltando sua atenção ao que está na sua bandeja.

- O vovô está dormindo?

- Não, está cuidando de umas coisas no jardim, logo vou chamar ele para o almoço.

- Falando nisso, a senhora que ajuda com a comida? - pergunto.

- Não precisa, meu bem. - Ela diz gentil. - A Maria deixou tudo pronto antes de sair.- ela explica. - Mas amanhã quem sabe.

- Claro, será um prazer. - sorri para a mesma.

Minha Pequena AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora