Chegando na casa da minha mãe. Eu desço do carro com a Ayla, a pego no colo, e vou até a porta, onde toco a campainha e aguardo alguém vim atender a porta.
Não demorou nem o tempo de tocar novamente e a porta de abre, e logo vejo minha mãe com um sorriso largo nos lábios.
— Vocês chegaram! — ela fala nos abraçando. Ayla apenas a observa. — Eu sou a Elisa, sua vovó — minha mãe se apresenta a ela. Ayla me olha como se pedisse permissão para falar com minha mãe.
— Essa é a minha mãe, você pode falar com ela se quiser — falo e a Ayla olha para a minha mãe novamente, em seguida ela abre os braços, da um largo sorriso e pula nos braços da minha mãe.
Minha mãe sorri surpresa e eu ainda mais, não tinha a visto sorrir dessa maneira, e após a ver assim percebi que faria de tudo para esse ser a sua expressão sempre.
— Acho que ela gosta de mim — minha mãe fala para mim, sem tirar os olhos da sua neta. — Você gosta de mim, Ayla? É esse seu nome? — ela confirma com a cabeça para as duas perguntas.
— Claro que ela ia gostar da senhora, ela já deve saber que vai ganhar muitos doces da vovó — Os olhos da Ayla brilham por eu tocar na palavra doces, afinal, qual a criança que não fica feliz com um pouco de açúcar?
— Sendo assim, eu fico feliz, porque pedi para prepararem um bolo de chocolate, você gosta? — minha mãe pergunta e Ayla assente. —Vamos entrar então.
Entramos em casa e elas foram direto para a cozinha.
Fui trocado — penso ao ver as duas andando para a cozinha sem nem se lembrarem da minha existência.
Fico feliz em poder dar isso para ela, uma família que a trate bem e a faça se sentir bem vinda.
Depois de pegar nossas malas, as coloco na sala e vou para a cozinha, indo ao encontro delas.
Na cozinha eu vejo a Ayla se lambuzando com uma fatia de chocolate e cobertura de brigadeiro e minha mãe babar na minha filha.
Como os cinco minutos que ficamos afastados causou tanta bagunça?
Isso porque ela está acompanhada de uma adulta, imagina sozinha.
— Ela é linda, não é? — pergunto a minha mãe.
— Sim, ela parece com você — minha mãe fala. Sorri ao ouvir isso.
— Onde está o Roberto? — pergunto me aproximando do balcão onde elas estavam.
Roberto é o meu padrasto, eles são casados a muito tempo e meio que ele foi um pai pra mim também.
— Ele saiu rapidinho, mas já deve está voltando — assenti com a cabeça. — Tem bolo pra você também.
Sorri e me junto a elas para comer.
Ficamos um tempo conversando, a Ayla nem ligou por estar no meio de adultos chatos, estava muito ocupada comendo seu bolo.
— Mamãe, eu tenho uma novidade pra te contar — falo depois de um tempo que estávamos ali sentados. — Eu recebi uma promoção no trabalho.
— Que ótimo meu filho, já estava na hora — ela fala orgulhosa.
Coitada, não sabe o que a espera.
— Sim, mas é no Rio de Janeiro, na verdade no interior do Rio.
— Tão longe assim, não vai me dizer que aceitou?
— Sim, aceitei a proposta, mas antes de saber da Ayla — falo antes que ela pergunte.
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Minha Pequena Ayla
RomanceMelinda, uma professora do jardim de infância que ama o seu trabalho, cansada do amor e de procurar o seu par perfeito começa a crer que sua família se resume aos seus alunos e sua única amiga, mal sabe ela que sua vida acabará de mudar quando um ho...