Algumas semanas depois...
Depois de algum tempo eu e a Ayla passamos a vir para casa juntas todos os dias, o Max nos deixa na escola, mas sempre acabamos indo para minha casa no fim do dia.
Eu ensino o dever de casa a Ayla e voltamos para escola apenas nas tardes que ela tem as aulas extracurriculares. Eu me apaguei muito a pequena Ayla e não sei mais como seria a minha vida sem eles nela.
Eu e o Max saímos algumas vezes, mas com a Ayla junto, ainda não tivemos um primeiro encontro. Apesar de nos conhecer melhor agora e conversarmos sobre absolutamente tudo, ainda não falamos da nossa relação, e também não houve mais beijo, ele está sabendo respeitar o meu tempo.
O Max é diferente do que eu pensava, ele é doce e romântico, carinhoso, divertido, as vezes ele é distante ou frio, mas passa depressa pois ele coloca um sorriso no rosto logo depois.
Hoje é sexta e estou voltando para casa depois de uma manhã típica de trabalho na escola.
- Quer fazer alguma coisa depois de fazer as atividades?- pergunto para Ayla quando percebo que já estamos chegando em casa.
- Pode ser — ela fala desanimada.
Eu a olho sem entender a sua reação, ela ama quando sugiro fazer algo diferente do nosso dia a dia.
- Quer me contar o que está te deixando tristinha?- pergunto para ela enquanto andamos.
- Os meninos da escola disseram que eu sou órfã porque não tenho mamãe. - Ela falou depois de um tempo.
Ela diz quando chegamos a minha casa, então paramos em frente a ela e abaixo ficando na altura do Ayla.
- Não de ouvidos a essas coisas, meu amor. - Digo acariciando seu rostinho triste. - Você tem um papai que te ama muito e nada vai mudar isso.
- Mas eu não tenho mais mamãe. - Ela fala chorosa.
- Meu amor, claro que você tem mamãe, ela pode está longe, mas não deixou de ser a sua mãe. - levanto a pegando nos braços. - Ela cuida de você de longe e seu pai de perto, você não é órfã, você tem seu pai, seus avós, tios, tem a mim e a tia Vick, é uma família bem grande, não acha?
Ela afirma com a cabeça e deita no meu peito. Ela me abraça apertado.
Percebo um carro parar em frente à casa do Max e de lá sai uma menina e um menino de mais ou menos uns vinte e poucos anos. Eles nos olham e depois a menina sorrir e eles caminham até mim.
- Oi, deculpa chegar assim- a menina começa a falar.- somos novos na cidade, na verdade viemos visitar alguém e queremos saber se estamos na casa certa.
- Oi, tudo bem — sorri par eles. — Quem vocês procuram?- pergunto gentilmente e percebo que a Ayla pegou no sono em meus braços.
- Maxwell Smith. - o menino responde.
- Ele mora aí mesmo. - respondo sorrindo tímida. - Mas ele ainda não chegou e receio dizer que não vai chegar tão cedo.
Eles se entre olham por alguns segundos.
- Ele sempre chega tarde em casa?- O menino quis saber.
- Me desculpe, mas quem são vocês?- questiono antes de passar tantas informações sobre a vida do meu vizinho para estranhos.
- Que falta de educação nossa.- ele fala.- eu sou o Andrew, irmão mais novo do Max, e essa é a Malu, minha namorada. - ele estende uma mão e eu a pego.
- Prazer em conhecê-los. - sorri. - Sou a vizinha dele e sim, ele chega tarde em casa.
- Sabe me dizer se tem alguém em casa? Alguém que fique com a Ayla em casa. - a Malu pergunta.
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Minha Pequena Ayla
RomanceMelinda, uma professora do jardim de infância que ama o seu trabalho, cansada do amor e de procurar o seu par perfeito começa a crer que sua família se resume aos seus alunos e sua única amiga, mal sabe ela que sua vida acabará de mudar quando um ho...