Capítulo 26

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Melinda

Acordo cedo e me arrumo para a viagem, como ainda são 5h da manhã, o Max disse que iremos tomar o café da manhã no caminho.

Vamos fazer a viagem de carro, são umas seis horas e meia, mas o Max preferi assim e como é ele que vai dirigir, não ôúsmo.

- Preparada?- ele pergunta assim que adentramos no carro.

- Acho que sim. - dou um meio sorriso.

- Fica tranquila, amor. - ele me dá um beijo na testa. - Vai da tudo certo e quando você quiser vir embora, nos voltamos na mesma hora. - apenas assenti com a cabeça e ele saiu com o carro.

O caminho era longo e a Ayla dormiria pelo menos a metade dele, então levei um livro para ler durante a viagem.

Depois de duas horas de viagem o Max para em uma lanchonete, aparentemente bem arrumadinha.

A fachada era branca com detalhes vermelhos, tinha vidro possibilitando ver o lado de dentro do local. Tinha algumas mesas e cadeiras no centro e perto da parede eram mesas com aqueles assentos compridos e acolchoados.

- Gostou do lugar?- ele pergunta percebendo meu devaneio.

- Sim, é lindo. - sorri para ele.

- A comida é tão boa quanto a beleza do lugar. - ele diz e já posso ouvir a minha barriga roncar. Acho que não fui a única a ouvir já que o Max ria. - Não sabia que tinha tanta fome pela manhã.

- Engraçadinho. - Digo rindo e revirando os olhos.

- Tá, vamos entrar logo. - ele diz e sai do carro dando a volta no mesmo e abrindo a porta pra mim.- Por aqui, meu bem.

- Grata!- sorri.

Ele abriu a porta da Ayla e começou a desperta-la.

- Bom dia, minha princesa. - ele diz para ela.

- Já chegamos papai?- ela pergunta sonolenta.

- Não, ainda falta um pouco. - Ele diz. - Estamos naquela lanchonete super legal que fomos quando nos mudamos.

- A da panqueca feliz?- ela diz animada. Quem vê ela assim nem imagina que ela acaba de acordar.

- Essa mesma. - ele diz e tira o sinto de segurança dela.

- Bom dia, tia. - Ela diz e me abraça.

- Bom dia, minha princesa. - a pego no colo. - Como você está bonita.

- O papai que escolheu. - Ela diz sorridente.

- O papai tem muito bom gosto, então. - Digo.

- Vamos entrar que a sua tia está com a barriga roncando, filha. - Max diz e eu reviro os olhos.

- A minha rabiga também está roncando, papi. - Ela diz. Coloco ela no chão e entramos na lanchonete.

Sentamos em uma mesa no canto da lanchonete e logo fomos atendidos e fizemos nossos pedidos.

- Aqui é bem aconchegante. - Eu disse.

- Sim, tem um jeito familiar que nós faz sentir em casa. - Maxwell fala.

- E tem a melhor panqueca de todas. - Ayla diz me fazendo sorri.

- A sua mãe sabe que eu vou?- pergunto ao Max.

- Minha mãe? - ele pergunta. - Oh, claro que sabe. - ele diz.

- O tio Andeo vai está lá?- Ayla pergunta.

- O Andrew. - Max diz. - vai está sim, ele e a tia Malu.

Pelo menos vão ter pessoas que conheço.

- E a dona Elisa disse que tem uma surpresa pra gente. - ele completa.

- Presente?- Ayla pergunta animada.

- Não sei, filha, só vamos saber quando chegarmos lá.

- Aqui está. - a mesma moça que nos atendeu trouxe nossos pratos. - Bom apetite.

- Obrigado!- dissemos em uníssono.

Ela se retira em seguida.

- Uau, agora entendi o que é uma panqueca feliz.- Digo e depois sorri para minha pequena.

Na sua panqueca havia um rosto desenhado com alguns doces.

Ela sorri e começa a devorar suas panquecas. Mais alguns minutos e terminamos de comer.

- Melhor panqueca que já comi a minha vida todinha. - a pequena fala nos fazendo ri.

- Claro. - concordo. - nesses longos quatro anos, não é mesmo?

- Muito tempo em. - Max concorda. Ela assente sorrindo.

Voltamos para o carro e iniciamos mais uma vez a viagem, agora com a Ayla acordada e animada.

Depois de mais algumas horas cantando, rindo, conversando e alguns cochilos da Ayla, chegamos a São Paulo.

- Bem vinda a minha Cidade, Melinda. - Max diz.

- Grata. - sorri. - parece ser uma bela Cidade.

- E é, muito bonita.

- Sim, mas nada comparada com a minha. - sorri convencida.

- Vai pensando. - ele diz. Dou de ombros.

- A casa dos seus pais é muito longe?

- Não, já estamos chegando. - ele diz. Apenas concordo com a cabeça.

Mais ou menos uma hora depois.

Ele entra em uma rua com casas chiques e grandes. Era uma casa mais bonita que a outra e fiquei encantada com os jardins que as casas tinham.

De repente ele estaciona em frente à uma casa, não muito diferente das outras que havíamos visto desde que viramos nessa rua.

- Chegamos. - ele diz. Olho para ele e depois para casa, faço isso algumas vezes. - Algum problema?

- Essa é a casa dos seus pais?

- Sim. - ele diz.

Nessa casa cabe facilmente a minha casa e dele juntas.

- Não se preocupa. - ele diz percebendo meu desconforto. - Nós não ligamos para o dinheiro que temos, e menos ainda pra a classe social das outras pessoas.

Assinto com a cabeça e fico mais alguns segundos parada ainda dentro do carro.

O Max sai e tira a Ayla do carro, a pequena desperta e sorri ao olhar para a casa.

- A casa da vovó. - Ela sorri.

- Sim, e ela já deve está a nossa espera. - Ele diz

Eu resolvo finalmente sair do carro e enfrentar o medo das coisas darem errado.

Entramos de mãos dadas e seguimos para o porta. Tocamos a campainha e logo ela é aberta por uma senhora bem bonita.

Continua...

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Beijos, Larissa.

Minha Pequena AylaOnde histórias criam vida. Descubra agora