Melinda
Fomos para casa deles, e rapidamente entramos na casa do Max.
— Vem, vou te mostrar onde fica o quarto dela — ele fala e eu assinto o seguindo, ainda com a Ayla nos braços.
Depois de fazer um tour rápido na casa dele até chegar no quarto da minha pequena, paramos em frente à uma porta.
— Tia, gostou da nossa casa?
— Sim, pequena — digo a olhando. — Você tem uma casa muito bonita — ela sorri orgulhosa.
— Esse é o quarto da Ayla — ele fala apontando para a porta antes mesmo de abri-la. — Tem um banheiro no fim do corredor e essa porta do lado é a do meu quarto. Caso precise de algo.
— Entendido, senhor — digo e ele ri.
— Desculpa, eu só queria te dizer onde ficava tudo — ele fala. — Se precisar de ajuda — ele sugere.
— Eu entendi, Max — ri franco. — E acho que nos viramos.
— Tô com sono — Ayla fala.
— Acho melhor eu dar banho nela logo — digo.
— Quelo tomar banho na banheira do papai — ela fala toda dengosa.
— Nada disso, mocinha — ele fala. — Outro dia a Melinda te da banho de banheira, hoje não.
— Tá papai — ela concorda obediente.
— Então vamos lá — digo entrando no quarto dela, com a ajuda do Max, que abre a porta para nós.
Coloco ela no chão e o Max me ajuda a pegar as coisas dela para o banho.
Dou banho nela e depois ajudo ela a se vestir.
— Conta uma história — ela me pede com aqueles olhos castanhos brilhantes.
— Qual você quer, meu anjinho? — pergunto ajudando ela a se cobrir na cama.
— Cinderela, eu tenho o livro — ela fala e aponta para a sua prateleira de livros.
— Está bem, agora fica quietinha que vou ler pra você — ela se ajeita na cama, pega o seu coelho de pelúcia e o abraça.
Me sento na cama ao seu lado e abro o livro. Começo a ler enquanto faço cafuné em sua cabeça.
— Era uma vez, uma bela jovem chamada Cinderela que vivia com o seu pai, um comerciante viúvo e muito rico. Cinderela perdera a mãe ainda criança e o seu pai, pensando que Cinderela precisava de uma nova mãe, decidiu casar-se novamente... — leio como se estivesse vivendo a história e ela ouvia tudo atentamente e me olha enquanto leio.
Depois de alguns minutos a história chega ao fim.
— O príncipe muito triste, apanhou o sapato e, no dia seguinte ordenou aos criados do palácio que procurassem por todo o reino a dona daquele pequeno e delicado sapato de cristal. Os criados foram percorrendo todas as casas e experimentando o sapato em cada uma das jovens. Quando chegaram a casa da Cinderela, a madrasta só chamou as suas duas filhas e ordenou ao criado que lhes colocasse o sapato. Por muito que se esforçassem o sapato não serviu a nenhuma das irmãs. Foi então que Cinderela surgiu na sala, e o criado insistiu em calçar-lhe o sapato. Este entrou sem dificuldade alguma. A madrasta e as suas duas filhas nem queriam acreditar! O príncipe, sabendo do sucedido, veio imediatamente buscar a Cinderela, montado no seu cavalo branco e levou-a para o castelo, onde a apresentou ao rei e à rainha. Poucos dias depois, casaram-se numa linda festa, e foram felizes para sempre — digo por fim e olho para ela, que dormia serena.
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Minha Pequena Ayla
RomanceMelinda, uma professora do jardim de infância que ama o seu trabalho, cansada do amor e de procurar o seu par perfeito começa a crer que sua família se resume aos seus alunos e sua única amiga, mal sabe ela que sua vida acabará de mudar quando um ho...