Boa leitura pessoal.😘
Votem e comentem muito,me desculpem pela demora.Ludmilla Oliveira
Sinceramente hoje esta sendo um dia de merda, primeiro aquele café da manhã estranho com a Brunna depois de ter atacado ela na noite anterior, depois o medo e sensação de impotência quando a perdi de vista hoje, as informações do orfanato, e agora mais uma vez as coisas fujindo do meu controle com a aparição surpresa do Marcos em minha casa, pelo menos meia duzia de seguranças seriam despedidos hoje, e eu tenho que me policiar mais para não perder mais o controle da situação assim.
Consegui por hora manter Marcos sob controle, claro que quando chegar terei que explicar Brunna pra ele, e não vai ser uma explicação simples, visto que ela é a própria Sofia em pessoa para quem não a conhece, e isso é um tanto estranho eu admito, foi estranho pra mim também.
- Mais rápido por favor.
Falo ríspida ao motorista, estava quase chegando.
- Sim senhora!Ele fala pisando ainda mais no acelerador.
Assim que chego já dou a ordem, 4 seguranças responsaveis pela entrada foram dispensados, entro em casa e encontro Marcos sentado sobre uma poltrona, ele me observa impassivo, seu olhar era de repreensão, eu apenas estendo um dedo pra ele, pedindo um minuto e subo correndo as escadas, entro no quarto e encontro Brunna sentada na beira da cama, o olhar perdido, ainda enrolada em uma toalha úmida, ela arregala os օlhos assustada e se levanta imediatamente.
- Eu não sabia que era seu irmão me perdoe.
- Eu sei, me perdoe tambem, não tinha como você saber.
Você esta bem?
Esta pálida. Esta com frio?
Pergunto analisando seu corpo.
- Estou bem.Ela responde relaxando, eu apenas aceno com a cabeça.
- Vou voltar para baixo, vou ver o que digo para dispensar ele, e depois conversamos, em hipótese alguma você pode descer OK?Ela acena com a cabeça.
- Otimo! Tome um banho, vai se resfriar, e pode ficar tranquila, não terei tempo para te assistir hoje.Falo sorrindo e ela cora, é lindo de ver, e eu adoro esses momentos mais leves que temos as vezes.
Saio do quarto e desço para encarar o enorme elefante que deixei na sala.
Chego no andar debaixo, dispensando terno e gravata e me jogando em outra poltrona vaga, Marcos que já tinha um copo de wisque em sua mão, me serve uma dose também e eu aceito de bom grado, estava exausta, tinha exaustão em meu semblante, mais nem isso consegue impedir Marcos de especular.
- Noite interessante essa não é mesmo? Eu iria adorar saber o que a sósia de Sofia faz aqui?
Eu nada respondo, apenas tomo uma boa golada do meu drink
- É sério? Você tem mesmo muito tempo e dinheiro sobrando para se dispor a isso não é Lud?
Contratar uma sósia da sua ex safada. Qual a finalidade disso?
Seu analista sabe disso?
- Não é nada disso que esta pensando Marcos, eu não a contratei.Encontrei ela anteontem na balada.
- E trouxe uma desconhecida pra sua casa? Já te passou a ideia de que ela é a cara de Sofia e foi só por isso que a trouxe pra cá sem nem ao menos conhecer ela.- Ela não é Sofia, e você esta louca, uma coisa não tem nada haver com a outra.
- A não? E o que seu analista disse sobre isso?
- Eu ainda não disse a ele.
- Claro que não, porque ele teria dito que transar com a copia da sua ex não é saudável.- Você não sabe o que esta dizendo,Brunna é diferente, ela não é a Sofia.
- É eu pude ver como são diferentes.
E aonde ela está agora? Porque parecia querer fugir de mim?- É complicado.
- Eu sou capaz de compreender.
E eu já não era mais capaz de guardar aquilo só pra mim, precisava que alguem soubesse.- A vida está me dando outra chance aqui, ela não é Sofia eu sei disso, e eu não quero que ela seja, só quero que ela queira estar comigo, que ela não fuja como Sofia fez.
Falo afobada, era bom dizer aquilo em voz alta.
- Não me diga que você esta mantendo essa menina presa aqui?
- Eu preciso
- Cara não. Você não precisa, isso é insano, você precisa se tratar desse trauma, ela não é a Sofia, e você não pode obrigar ela a ficar aqui.- E como você vai me impedir?
Já esta feito e único jeito dela sair daqui é se você chamar a polícia, você faria isso?Ele me encara incrédulo por alguns segundos.
- Sinceramente, era o que eu devia fazer mesmo, mais visto que nem a polícia dessa cidade iria contra você, acho que seria uma perda de tempo e recurso não acha?Eu vou deixar que você mesma enxergue como é doente o que esta fazendo.
- Vai ser diferente, eu vou conseguir o afeto e o amor dela, nós vamos dar certo, é a vida me dando uma nova chance aqui e eu vou fazer diferente.
Ele se levanta, caminha até minha direção e toca em meu ombro.
- Cara, a culpa não foi sua, você não errou com Sofia, e talvez quando perceber isso, vai entender que não precisa trancar uma mulher para ter seu afeto.
Fico pensativa com suas palavras, ele tinha razão, mais meu inconsciente ainda não era capaz de entender.
- Acho que nosso jantar não vai mais acontecer, fica pra próxima.
Ele fala depositando o copo sobre a mesa de centro, colocando seu terno e se retirando.