Boa leitura maravilhosas.
Votem e comentem muito 😘😍Brunna.
Sabe quando a vida começa a passar diante dos seus olhos, foi assim que me senti enquanto eu despencava escada abaixo.
Tudo o que eu sentia era medo, temia pela vida dos meus filhos, mais não havia nada que eu podesse fazer, nada em que me agarrar, e quando já estava na metade daquela escadaria imensa eu já me sinto sem forças.
Quando chego lá embaixo já estava desacordada, mais era estranho, eu podia ouvir as pessoas falando, podia sentir elas me tocando, eu só não conseguia abrir os meus olhos, era como uma experiência fora do meu corpo, eu sabia que tinha que lutar pela minha vida naquele momento, mais não sabia como.
Ludmilla Oliveira.
Eu estava feliz, dançava com a minha mãe enquanto esperava minha bela esposa voltar.
Mais noto uma certa aglomeração dentro da casa, alguns borburinhos e meu coração se aperta, me solto da minha mãe e começo a andar no meio das pessoas que se acumulavam na ponta da escada.
Só quando eu chego perto é que percebo o motivo de todo aquele alarde.
Brunna estava caída, desacordada na ponta da escada, tinha escoriações por todo o seu corpo, seu nariz sangrava e também tinha sangue em suas pernas, eu entro em choque, aquela foi a cena mais aterrorizante da minha vida.
Me jogo ao seu lado, e tomo seu rosto em minhas mãos gritando por seu nome, e ela não reage.
Mirian chega logo em seguida e se ajoelha ao lado da filha tocando sua mãos.
- UM MÉDICO POR FAVOR.
Grito em meio a multidão e tudo fica em silêncio.
- Já chamamos uma ambulância filha, ela já esta a caminho fique calma.
Minha mãe fala tocando em meu ombro, mais eu não ouvia nada, eu não via nada.
Simplesmente abraço sua cabeça em meu colo e fico ali rezando baixinho para que tudo fique bem.
Mirian fazia o mesmo ajoelhada ao lado da filha e segurando forte sua mão, com a cabeça baixa, só podia ver as lagrimas caindo em um murmuro baixo.
Apos vários minutos podia se ouvir a ambulância chegando, e então Marcos abriu espaço no meio da multidão e os paramédicos chegam carregando uma maca, eles nos afastam da Brunna e começam os primeiros socorros, a imobilizando e falando coisas que eu não compreendia.
Eu assisti tudo em câmera lenta ainda sentada no chão.
- Senhora?
Um dos paramédico me chama tocando em meu ombro,me trazendo de volta a terra,Brunna já estava dentro da ambulância.- A senhora é a mulher da vitima?- eu apenas aceno com a cabeça.-
Queira nos acompanhar por favor e nos explicar o que aconteceu?
Ele fala me estendendo a mão e eu a seguro me levantando do chão, olho para Mirian sentada desolada em um degrau da escada, minha mãe estava de pé ao seu lado.
- Mirian?
A chamo e ela ergue a cabeça, seus olhos estavam inchados e vermelhos, ela também estava perdida, tão perdida quanto eu.
- Vá filha, nós a levamos de carro.
Minha mãe fala e eu aceno com a cabeça, seguindo o paramédico para dentro da ambulância, que sai as pressas com a sirene ligada.- A senhora pode nos dizer o que aconteceu?
Um paramédico perguntava enquanto um enfermeiro a cobria de aparelhos.
- E...eu não sei, ela havia subido para se trocar, talvez tenha perdido o controle, saberei mais tarde quando analisar as câmeras de segurança.
Falo no modo automático, me sentindo ainda mais culpada agora por não ter acompanhado ela.
- Tudo bem Senhora, vamos tratar isso como um acidente domiciliar então.
Ele fala explicando que são as regras quando chegam ao hospital, precisam informar o que aconteceu.
Eu concordo com a cabeça.
Chegamos ao hospital e eles rapidamente a levam pra dentro me impedindo de prosseguir, e eu mais uma vez fico ali desolada naquela maldita sala de espera sem saber o que acontece lá dentro.
Minutos depois mamãe, Mirian,Juliana e o Marcos chegam ao hospital.
Eu abraço minha mãe que me olha piedosa.
- Hoje era pra ser o dia mais feliz de nossas vidas mãe. O que eu fiz pra merecer isso?
Pergunto chorando alto e ela me embala em seus braços me consolando.
- Querida você tem que manter a calma e ser forte por ela.
Ela fala terna.- Mãe, eu não sou forte, não pra isso. Não consigo passar por tudo isso novamente.
Falo desesperada.
- Você consegue sim filha, eu estou aqui eu te ajudo.
Ela fala tentando me acalmar, mais a verdade é que ela não podia me ajudar, ninguém podia.
Horas se passam até que o doutor volta para nos dar noticias, todos levantamos ao mesmo tempo indo em direção a ele.
- A hemorragia foi contida, mais não vamos conseguir segurar os bebés, ela já teve duas paradas cardíacas na mesa, o estado dela é bem crítico, além de varias fraturas, ela ainda tem um traumatismo craniano,certamente precisará de cirurgia e os bebés não vão aguentar.
Faremos a cesária e tentaremos salvar os bebes a todo custo, pois pelo grau de hemorragia é quase certo que ela não poderá mais ter filhos.
Em seguida começaremos a cirurgia.
O doutor fala e eu perco a força nas pernas, e me escoro na parede, estava atordoada demais, nada daquilo parecia ser real, eu estava em pânico.Tudo saiu dos trilhos, meus filhos iriam nascer e eu não estaria lá, eu não seguraria as mãos de Brunna e diria que tudo ia dar certo.
Me sinto sem chão, sem ar, sem vida. Vou escorregando meu corpo pela parede até chegar no chão, dobro meus joelhos e escoro minha cabeça em minhas mãos, sentia um gosto amargo na minha boca, era ódio, ódio de mim mesma por ser tão impotente, por não poder fazer nada, por não ter feito nada antes, por não ter ido junto com ela.
Maldito dia esse...
Faltam poucos capítulos para a fic terminar.
Mas me dizem o que acham que irá acontecer!?