Entro no edifício quase arrastada pela minha mãe que ainda parecia um bocado chateada comigo. Não entendo. Ela foi a primeira pessoa - senão a única - a aconselhar-me e a incentivar-me a fazer amigos. Não sei porque ela está a reagir desta maneira.
"Que pouca vergonha foi aquela?" A minha mãe pergunta, entre dentes, demonstrando que estava mais zangada do que aquilo que eu pensava.
"Não foi pouca vergonha nenhuma. Eu estava com um amigo, o Liam. Tu conheceste-o hoje." Esclareci, um pouco constrangida por ter de lhe dizer. Não tenho vergonha, mas não queria estar a falar sobre esse tema em frente a todos.
"O facto de só o ter conhecido hoje e dele ser um rapaz é o problema." Reforça as palavras só e rapaz, para me fazer provar o seu ponto. "Porque é que em vez de vir para aqui, foste dar uma "volta" com ele?" Não estou a perceber. Porque é que a minha mãe está a tratar-me desta maneira.
"Desculpa." Respondi apenas. Não quero transtorná-la mais hoje. Talvez ela esteja assim, stressada e frustrada, por causa da morte do meu pai. Amanhã, tudo vai ficar bem outra vez.
A minha mãe despediu-se de mim quando o sr.Rodriguez veio chamar para entrar no seu escritório.
Entrei cautelosamente e sentei-me numa das duas cadeiras que havia em frente a uma grande mesa. Por detrás desta, encontrava-se o sr.Rodriguez, sentado na sua habitual cadeira declinável.
"Bom dia, sra.Desaparecida." brinca um pouco. Sorri ligeiramente.
Eu gosto do sr.Rodriguez. Ele é simpático e tem sempre uma piada para qualquer situação. Mas continuando com o respeito que ele tanto preza. Não parece ser daquelas pessoas que se aborrece facilmente, pelo tempo que o conheço, que não é muito de qualquer maneira, mas já deu para perceber as suas várias qualidades. É um bom homem.
"Bom, vamos começar?" aceno afirmativamente, e o sr. Rodriguez ajeita-se na sua cadeira. "Antes de começarmos, gostaria de fazer umas perguntas sobre a morte do teu pai e sobre o rapaz que estava lá fora." Engulo em seco. Já calculava que ele quisesse falar do meu pai, mas não sei se quero falar do Liam.
"Não tenho nada para falar." Respondo um pouco na defensiva.
"Não te vou perguntar nada de mais. Apenas o que estás a sentir em relação a isto tudo. E o que existe entre ti e esse tal rapaz." Lá vem as normais perguntas de psicólogo. Reviro os olhos visivelmente, uma coisa que há um mês atrás não me seria possível.
"Por favor, não quero falar. Podemos apenas... acabar com o dia de hoje o mais rápido possível?" pergunto quase sem forças.
Ele apenas assente, não querendo me pressionar demais. Ele sabe que isso não o vai levar a lugar nenhum.
.
A nuvem que anteriormente se tivera instalado na minha cabeça, devido à morte do meu pai, estava finalmente a desaparecer. Depois de uma noite inteira em claro, sem ter dormido um único minuto, a minha cabeça estava limpa e mais leve. Finalmente, pensei. Mas uma súbita vontade de continuar na cama atacou-me e não consegui mexer um único músculo do meu corpo.
Mesmo assim, o sono não vinha.
8:00.
8:01.
8:13.
O sono permanecia distante tal como a vontade de sair da cama. Ouço a minha mãe a passear pelo corredor e ela entra pelo meu quarto vagarosamente, como se tivesse acabado de acordar.
"Não te vais levantar?" A sua voz era fina, embora tivesse acabado de sair da cama. Tinha uns grandes círculos negros à volta dos seus grandes olhos, o que me deu a entender que ela mesma não tinha dormido quase nada.
Não lhe respondi logo de imediato. Olhei para o teto, pensando nos prós e nos contras de me levantar. Não quero ir para aquele sítio outra vez, embora o sr.Rodriguez seja um homem simpático. O meu corpo está fraco e estou de mau humor.
A imagem de Liam vem-me à cabeça. Eu vou poder estar com ele, nem que seja durante uns minutos, no autocarro.
Abro os olhos, que tinha fechado anteriormente devido ao turbilhão dos meus pensamentos, e recebo aquela pequena coragem que me faltava para me levantar da cama. Porém, quando me levanto uma pequena tontura me faz desequilibrar e sento-me na cama. É normal, devido à falta de sono e porque me levantei muito rapidamente, mas mesmo assim o meu corpo estava um bocado fraco, visto eu não ter comido nada toda a tarde de ontem.
Recupero e olho para a minha mãe, que tinha um ar um pouco preocupado, mas continuava no mesmo sítio que dantes.
"Acho que sim." Respondo à sua pergunta, há muito tempo já formulada e dirijo-me ao guarda-roupa para me vestir.
"Eu espero por ti na sala. Tenho de falar contigo." Disse, de uma forma neutra, não dando para entender de que tipo de assunto se tratava. Depois saiu de imediato do meu quarto.
O que é que será?
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OI
Long time no see....
eu sei eu sei não atualizo há muito tempo, e este capitulo não é nada demais, mas nós precisamos deste capítulo pessoaaallll......
MUITO OBRIGADO PELAS 1.1K EU ESTOU TÃO CONTENTE! PODE NÃO PARECER MUITO MAS SIGNIFICA MUITO PARA MIM, A SÉRIO!
E OBRIGADA A QUEM COMENTA E VOTA E LÊ E VOCÊS SÃO TODAS FANTÁSTICAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ok parei
mas eu tinha de dizer bc ilyyyy
não está editado porque tenho teste amanhã, mas eu depois edito.
AH, e editei umas cenas para o início, quem quiser ir ver pode ir, mas se não quiser não faz mal. não muda quase nada.
ya....
era só isso.
BabyPopcorn xx
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The White Bus |l.p|
FanfictionNão é como se uma viagem de autocarro fosse mudar a minha vida, certo?