Payne, Liam

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Liam Payne

Aqueles olhos.

Fiquei o fim-de-semana inteiro a pensar naqueles olhos. Aqueles profundos olhos verdes.

Confesso que durante esta semana estive a observá-la do fundo do autocarro. No banco mais escondido do autocarro.

Sempre que via a entrar pelas portas automáticas alguma coisa remexia dentro de mim. Mas apenas remexia porque ela sempre estava com um olhar triste, assustado.

Algo se passava de mal e eu queria saber o que era. E quando, finalmente, ela olhou para mim, nem que por um estante, eu percebi que ela tinha graves problemas com que lidar.

Descobri pelas olheiras profundas debaixo dos seus olhos que ao longe não se percebiam. Descobri pelo cansaço nos seus membros descaídos e demasiado relaxados.  E embora  tivesse um pequeno sorriso no seu rosto, coisa que não aconteceu na última semana, eu sabia que seja lá quais forem os seus problemas, que são grandes. E eu quero que eles se vão embora, quero que ela se veja livre deles, para que uma aura de felicidade se preencha nela.

E quero ajudá-la a expulsar seja o que for. Seja quem for. Não sei como, nem sequer sei porquê! Apenas sinto a necessidade de o fazer.

Ela não vai à escola. Ela para sempre duas paragens antes da escola. Nunca a vi na minha escola e não existem mais escolas secundárias por estes lados. Assumindo, claro, que ela anda no secundário. Ela parece ter a minha idade, talvez um ano mais nova.

Já me encontro dentro do autocarro branco. No último banco mesmo no canto, o habitual. Olho pela janela e percebo que estou a aproximar-me da paragem onde ela vai entrar.

Quando lá chegamos apenas uma pessoa está no banco. Mas não é ela.

O rapaz que na sexta-feira estava com ela entra no autocarro e senta-se no lugar à frente do meu.

Onde ela está? Aconteceu alguma coisa? Será que é alguma coisa grave?

Sinto um desconforto enorme. Talvez esteja apenas com gripe e não posso vir hoje. Talvez não tenha nada para fazer hoje para onde ela vai.

É, talvez seja isso.

Os meus olhos viajam para o mundo lá fora. As pessoas passam apressadas.

Isto não é tão divertido como olhá-la a fazer isso. Ela sempre parece pacífica e eu sempre tento imaginar o que estará a pensar.

Nunca chego a uma resposta suficientemente satisfatória.

Mas agora, este autocarro parece vazio. Mesmo estando quase cheio. Apenas o seu lugar vazio.

E eu olho para lá como se ela lá estivesse e imagino-a no seu lugar a olhar para mim, com a mesma intensidade no olhar com que me olhou no outro dia.

Sorrio.

Aqueles olhos.

————-

Heyyyyyyy

Como vai a vida?

Prontos, é isto a perspectiva do Liam. Ya........

Ainda não sabem o nome dela ahah Não deve faltar muito, nem sequer sei porque estou a fazer mistério disto, but yaa...

Sem mais nada a reportar.

Era só isso, acho eu.

Byeeeeeee

BabyPopcorn xx

The White Bus |l.p|Onde histórias criam vida. Descubra agora