progresso

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Liam Payne

Naquela manhã cinzenta de novembro, as árvores mexiam-se assustadoramente com a enorme força do vento. Enquanto caminho em direção à paragem, vou olhando para a grande floresta, suficientemente longe da estrada, mas suficientemente perto para se ver as belas e grandes árvores. Elas abanam violentamente, mas o espetáculo não deixa de ser maravilhoso.

Sempre fui fascinado pela natureza. Ela tanto pode criar, como também pode destruir. Tanto pode dar, como tirar. A natureza faz o que quer. Algo que me fascina não só pelo facto de ser uma oferta atraente - o de poder fazer o que quiser -, mas também pelo simples facto de me ser proibido esse privilégio.

Aproximo-me da paragem de autocarros e sento-me no banco. Ponho as mãos frias nos bolsos devido à baixa temperatura.

Cheguei cedo. Olho em redor, tudo está parado. Não existe uma única pessoa nas ruas, para além de mim.

Avisto o autocarro aparecer na curva ao fundo da rua. Levanto-me e aproximo-me da beira da estrada para que o autocarro me veja e possa parar.

Entro. A diferença de temperatura entre fora e dentro do autocarro é gigantesca e sou obrigado a tirar o casaco. Quando chego à parte de trás do autocarro, o meu lugar encontra-se ocupado. Sento-me, então, no lugar à frente deste, lançando pragas ao rapaz sentado no meu lugar.

Pousei a mochila, excessivamente pesada, no chão ao lado dos meus pés e abstraio-me da realidade. Passado um bom bocado, reconheço a próxima paragem do autocarro ao passar pelas ruas. A paragem da rapariga cujos olhos verdes me encantaram.

Endireito-me no meu lugar, embora muito provavelmente ela não me consiga ver devido ao homem peculiarmente grande que se encontra à minha frente.

O autocarro para e as portas abrem-se. Prendo a respiração antes de perceber o que estou realmente a fazer. O que está a acontecer comigo?

Ela entra. Um sorriso irrompe a minha face quase que instantaneamente.

Ela não olha logo para mim, em vez disso, senta-se no seu lugar habitual e pousa a sua mochila no chão, tal como eu.

Quando finalmente olha em frente, parece perdida. Procura por alguém. Procura por mim. Como ainda estou meio escondido atrás do homem, ela não me vê.

Sorrio ao pensar que possa ser mesmo esse o motivo. Desvio-me, procurando uma posição onde ela me possa encontrar. Ela vê-me e sorri. O seu sorriso tímido me deslumbra. Sorrio em resposta.

Na paragem que se segue, o homem à minha frente sai. Num impulso, saio do meu lugar e, pegando na minha mochila, mudo para o lugar à minha frente. Estou logo atrás da porta traseira. Apenas o fiz para ficar mais perto dela, para conseguir ver melhor a sua cara. Os seus olhos.

Ela continua a sorrir para mim. Sinto uma sensação de paz quando ela o faz.

Eu apenas lembro-me da rapariga que apenas a algumas semanas aparecia cabisbaixa e triste e, embora ainda a encontre um pouco nesta rapariga que está quase à minha frente, essas características estão a desaparecer, aos poucos.

Mas os seus olhos ainda não brilham o suficiente e o seu sorriso não é suficientemente completo. Alguma coisa está mal e eu quero tanto ajudar, mas não sei como.

A paragem, onde a rapariga em frente aos meus olhos se vai embora, está a chegar. O seu sorriso vai desvanecendo à medida que repara que está quase a chegar. O meu sorriso acompanha o seu. Não quero que este pequeno momento acabe.

Ela levanta-se e desloca-se para as portas da frente. Mas, algo a para. Volta para trás e, quando o autocarro para, dirige-se às portas de trás. Ela olha para os meus olhos, mas não sorri. Apenas fica a olhar. Retribuo o olhar, com um pouco de preocupação. Ela finalmente sorri, olha para baixo - dando a impressão de morder o lábio, envergonhada - e sai do autocarro como um furacão.

Isto foi tão estranho. Mas, ao mesmo tempo, bom, muito bom.

Suspiro. Agora espera-me um longo dia na escola...

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Olá!

Resolvi fazer este capitulo mais cedo, porque o outro foi só um flashback, ainda que mostra-se muito da vida dela e tals, mas... ya.

Tive alguns problemas a escrever este capitulo. Primeiramente, tudo parecia que estava mal; segundamente, tive de ver como se conjugava o verbo sair, porque já não me lembrava. Depois, a merda do meu computador decidiu apagar mais de metade do capitulo que já tinha feito e tive de voltar a fazer. E já não estava de bom humor, ainda fiquei pior. Mas ninguém quer saber por isso...

Espero que tenham gostado. Votem e comentem, é muito importante para mim saber o que pensam desta história.

Obrigada e volte sempre.

Era só isso. BYYYYYYYYEEEEEEE.

BabyPopcorn xx

The White Bus |l.p|Onde histórias criam vida. Descubra agora