The White Bus |l.p|

recuperação

Os momentos são finitos. E tu nunca sabes quando eles vão acabar, mas eles eventualmente acabam.

Tu sentes o auge do momento, toda a emoção, boa ou má, mas tu sabes que vai acabar.

Durante muito tempo eu tinha a certeza de que isto era mentira. Tinha a certeza de que toda esta jornada de dor e vazio que eu sofri tinha acabado e finalmente estava bem. Mas as coisas não são assim tão fáceis.

E agora que estou outra vez no fundo, procuro uma luz para me guiar até ao topo. Essa luz é o Liam.

"Liam?" Questiono mais para mim do que para o resto das pessoas no quarto. Completamente espantada, não consigo nem pensar direito.

"Hum, olá." Parece que nem ele sabe o que dizer.

"Eu vou deixar-vos aqui. Eu estou lá fora." A minha mãe decide falar o que me espanta ainda mais. O que está a acontecer aqui?

Tanto a minha mãe como o meu tio saem do quarto, deixando o Liam e eu a sós. As mãos dele encontravam-se nos seus bolsos, demonstrando ser um tique nervoso.

Eu devo estar horrível. É a única coisa que penso, e parece uma futilidade, mas neste momento é o que me resta. Por dentro é só uma confusão que ninguém consegue perceber.

"O teu tio ligou-me. Eu pensava que eras tu, mas depois ele falou e disse que estavas a vir para aqui.. então eu vim." Explicou muito resumidamente, como se fosse muito fácil. O sorriso dele apareceu finalmente, dando-me vontade de sorrir também, mas não o fiz, por algum motivo desconhecido.

"Eu não te quero incomodar. Eu só queria saber como estás." Parece suplicar na última parte. Mas eu não respondo. Estou absorvida pelo espanto e a confusão da minha cabeça. Várias perguntas de como e porquê aparecem na minha mente.

Ele aproxima-se da cama e os meus pensamentos dispersam. Como é que ele fez isso? O seu sorriso não desapareceu, no entanto não é tão intenso.

"Diz alguma coisa, por favor." A sua mão cai na minha e expiro. Nem sabia que retinha ar, e por algum motivo, me sentia tensa na sua presença.

Ele aperta a minha mão e entrelaça os nossos dedos. Desde que ele entrou que não tiro os olhos dele, mas acabei por desviá-los para as nossas mãos juntas.

"Fica." Respondi tão baixo que até eu duvidei de ter falado. O seu sorriso abre e ele senta-se na cama.

"Estava a ver que nunca mais pedias."Ele ri-se e eu sorrio. Eu sorrio. Os meus olhos abrem-se em espanto, e perco o meu sorriso por momentos.

Ele deixa de se rir quando olha para a minha cara. "O que foi?"

Eu encaro-o, não querendo ainda acreditar. Durante todas as minhas crises, o tempo que custava para ficar bem eram semanas. Meses talvez. Nunca ninguém me conseguiu fazer sorrir, em tão pouco tempo. Não querendo acreditar, lanço as minhas mãos até aos meus lábios, num reflexo estranho, mas para tentar perceber o que aconteceu. Como se isso me fosse ajudar, mas não interessava, pois eu tinha sorrido.

"Eu... sorri." A minha cara manteve-se séria, até ver o Liam suspirar de alivio, mas confuso mesmo assim. Sorrio outra vez, não contendo a minha emoção. "Liam, eu estou a sorrir."

Liam sorri e ri comigo, descontraidamente e nem consigo acreditar que estamos a apenas horas da minha recaída. Liam retira a minha mão de cima da minha boca e acaricia-a, olhando para o meu sorriso com carinho.

"Sim, tu sorriste. E é a coisa mais bonita que já vi em toda a minha vida."

Os momentos são finitos. Mas alguns vão estar sempre presentes nas nossas mentes.

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ouvir moments enquanto edito, não dá, não tentem em casa kids 

oi, pequeno mas bom, acho?

esta cena da data é muito linda de se dizer, mas é complicado geeez

mas bem, vou continuar com a data e se vir que não consigo coloco uma nota ou assim e depois tiro-a quando atualizar.

VOTEM, COMENTEM, DO WHAT YOU WHAT WITH MY BODY

BabyPopcorn xx