39 -- Surpreso.

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“Repare: cada pessoa que torce por você é indispensável para a construção do seu sucesso. Inclusive as que torcem contra!”
— Bráulio Bessa.

John Bruce
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Não consigo acreditar que estou divorciado... Isso mesmo, eu estou DIVORCIADO.

Pisco os olhos algumas vezes imaginando que eu esteja em um sonho e que fazendo isso iria despertar, mas na verdade tudo aquilo era real e saber disso me deixa completamente feliz ao ponto de correr até ao Harry e abraça-lo. Em seguida, abro uma de minhas mãos para chamar o Sebastian para se juntar à nós. Ele se aproxima com um grande sorriso e por ser o mais grande, nos envolve em seus braços.

— Estou muito feliz por você, querido. — Sebastian diz enquanto passa uma de suas mãos em meu cabelo.

— Eu também. — Harry diz e eu retribuo com um sorriso.

— Muito obrigado, pois isso só foi possível graça à vocês dois e também agradeço por estarem aqui comigo. — digo emocionado.

— Você não precisa agradecer, filho. Nós estaremos sempre aqui ao seu lado. — Sebastian diz e sem dizer mais nada, me aconchego nos seus braços.

Foram poucas vezes em meus quase seis anos casado com o Richard que eu pensei em me divorciar. Mesmo estando em um relacionamento como aquele eu pensava que não ía conseguir viver sem ele e que não poderia deixar o meu amor. Mas agora eu penso diferente, agora eu sei que aquilo não era amor e que consigo viver longe daquele ser asqueroso.

Céus! A sensação de estar divorciado é sublime, eu me sinto em paz e sei que agora ele não tem o direito de me importunar quando bem entender.

— Que barulho foi esse? — Sebastian pergunta se afastando enquanto alternava o seu olhar entre o Harry e eu.

— É o meu estômago roncando. — digo com graça.

— Você ainda não se alimentou. — Harry diz olhando nos meus olhos. — Sabes que deve manter uma alimentação saudável e regrada para o bom desenvolvimento do bebê, pois não? — pergunta sério.

— Sim, já vou comer alguma coisa. — digo e ele assente.

— Vamos até a cozinha, vou fazer-te companhia. — diz enquanto pousa uma de suas mãos nas minhas costas e me guia em direção à cozinha

Chegamos na cozinha e a dona Mariza estava de costas pra nós, enquanto mexia alguma coisa na panela. Sorrio e ando em sua direção sem fazer em silêncio e quando chego à poucos centímetros dela, eu a abraço de trás. Ela dá um sobressalto e deixa cair a colher que tinha em mãos, ela se vira tão rápido e me olha assustada.

— Quer me matar? — pergunta com a voz um pouco falha.

— Claro que não. — digo apressado.

— Não foi isso que deixou transparecer. — diz pegando a colher e botando na pia.

— Peço desculpas. — digo e ela me olha de relance, sorrindo pequeno e voltando nas suas panelas. — Mariza, eu tenho fome. — falo com uma voz fina e cheio de manha.

— Desse jeito parece uma criança, John. — ela diz graça.

— O meu estômago não para de roncar. — digo pousando as minhas mãos no balcão e deitando a minha cabeça sobre ela.

— Me diz o que você quer comer. — Mariza diz e eu me viro para olha-la.

— Tem beringela? — pergunto e ela assente. — Então, quero comer salada de berinjela assada com uva-passas. — digo com brilho nos olhos e ela sorri.

Um psicólogo exótico (Romance Gay/Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora