47 -- Briga.

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“Felicidade é como uma borboleta: quanto mais você tenta apanhá-la, mais ela se afasta de você. Mas se você dirigir sua atenção para outras coisas, ela virá e pousará suavemente no seu ombro”
— Henry Thoreau.

John Bruce
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Tive um excelente dia na companhia da Jolie, tudo foi maravilhoso excepto a parte que tinha homens nos vigiando o tempo todo. Eu sinceramente estou irritado ao extremo com a atitude impensável do Harry. Não sei onde ele estava com a cabeça quando resolveu contratar seguranças pra mim. Ele mal me consultou para saber o que eu acho de tudo isso.

Eu odeio isso.

Como vamos ter uma relação sólida se ele nem se preocupa em contar o que anda fazendo?

As coisas só evoluem quando há diálogo, há verdade entre os cônjuges e quando percebemos uma falha ou um pequeno problema devemos trabalhar para resolve-la enquanto pequena, pois quando se torna uma bolha gigante é possível que não haja solução.

Agora mudando de assunto, o meu dia foi um espetáculo mas pena que no final da tarde eu tive que voltar pra casa e a Jolie também pois no dia seguinte iria trabalhar.

Sinto o meu corpo dolorido e é exatamente por este motivo que não me desgrudo da cama confortável. Sinto que os meus olhos pesam uma tonelada, preciso dormir, mas a vontade de ficar acordado e esperar o Harry é tão alta que não me permito fechar os olhos.

O tempo foi passando e a vontade de dormir tornou-se cada vez mais forte que quando dei por mim eu já estava dormindo. Deixo os meus músculos relaxarem enquanto me entrego completamente ao sono.

[...]

Sinto que alguém está me cobrindo com o edredom e em seguida o outro lado da cama afundar. Sei quem está aqui, pois esse perfume... Conheço esse perfume. Me remexo na cama até encontrar o meu noivo e como se fosse no automático eu me deito no seu peito.

Inspiro o seu cheiro e sorrio por dentro porque de alguma forma eu sinto que estar com ele, sentir o seu cheiro e a sua pele me acalma.

— Pensei que estavas chateado. — Harry diz baixo e divertido.

— Estou. — falo na mesma tonalidade enquanto deslizo inconscientemente a minha mão pelo seu peito, ombro e braço.

— Eu acabei esquecendo. — justifica.

— Sério? — olho pra ele e sorrio sem humor algum.

— Eu estou falando sério, eu esqueci.

— Pare com isso, Harry. Você mal me perguntou se eu quero ou não um segurança. — falo me sentando na cama.

— É, eu errei quando não o perguntei, mas isso é para o seu bem. É para o seu bem e do nosso bebê. — diz também se sentando e apoiando-se na cabeceira da cama.

Não é possível.

Passo as mãos no rosto e me levanto da cama. Isso só pode ser uma brincadeira.

— Eu não quero ter seguranças. — digo firme.

— As ruas são perigosas. — diz simples.

— Eu não me importo, só não quero andar por aí com seguranças na minha cola.

— Sinto muito, mas você vai ter sim seguranças ao seu lado quando sair de casa. — diz sério. Levanta-se da cama e caminha em direção ao closet.

Um psicólogo exótico (Romance Gay/Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora