26 -- Mal estar

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"Não é produto de marca que define um cidadão.
Nunca julgue nessa vida um homem de pés no chão,
Pois o sapato calça os pés
Mas não calça o coração."
- Bráulio Bessa.

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John Bruce narrando
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Acordo e olho em direção ao relógio que está em cima do criado mudo, percebo que já é meio dia então levanto-me da cama e vou até ao banheiro lavar o rosto. Minutos depois já estava descendo os degraus da escada e pelo pouco que conheço vou até a sala de jantar e dela tinha mais um corredor que dava pra cozinha.

Chego nela e vejo uma senhora mexendo nas panelas, me aproximo mais e apoio-me no balcão.

— Oi, precisa de ajuda? — pergunto e ela leva um susto deixando cair a colher que tinha em mãos.

— Que susto! — diz virando pra mim e sorrindo sem graça.

— Ahh peço desculpas, não foi a minha intenção. — digo, vou em sua direção pegando a colher que caiu e coloco na pia em seguida. — Então, precisa de ajuda? — pergunto mais uma vez.

— Nossa! O senhor não precisa se incomodar, eu posso tomar conta de tudo por aqui. — diz pegando algumas frutas.

— Imagina... não seria incômodo, eu quero ajudar.

— Se o senhor insiste, então tá. — diz dando de ombros.

— O meu nome é John, me chamando de senhor faz-me parecer um velho. — digo lavando as mãos na pia.

— Ehh, não sabia. O meu é Mariza. — fala e me entrega a tigela com frutas.

— Você é de onde? O seu nome não me é muito familiar. — pergunto arqueando as sombrancelhas.

— Sou de Portugal mas já estou cá faz tempo. — diz sorrindo pequeno.

— Ahh entendi. — digo.

Mariza é uma mulher de meia idade, simpática e gente boa. Nós falamos muito enquanto preparávamos o almoço e disse-me que só foi contratada faz três dias. Eu fiz a salada de frutas enquanto ela ficou responsável por outras coisas. Já quase ao término o Sebastian entra na cozinha e estranha ao me ver nela.

— John? Você por aqui? — diz se aproximando de nós.

— Sim, estava entediado então vim dar uma mãozinha na dona Mariza. — digo à ele.

— Então você sabe cozinhar? — diz em um tom humorado.

— Não exatamente... Ou seja, sei fazer algumas coisinhas. — digo dando ênfase à última parte dita.

— Então, que coisinha é essa que você fez?

— Salada de frutas. — respondo e só de imaginar já sinto a minha boca salivar.

— Amo. — responde acariciando a barriga, sorrio com esse seu jeito descontraído e é com isso que nós almoçamos em um clima agradável lá mesmo na cozinha com a Mariza.

Quando terminamos ajudamos Mariza com louças sujas e depois disso o Sebastian convidou-me à ir com ele até ao grande jardim que há aqui em casa.

Já fora de casa, observo que é bem bonita, aconchegante e muito mais ampla do que imaginei. Estranho ao ver vários homens de terno andando de um lado pro outro e olho pro Sebastian confuso.

— São os seguranças, há vários por qui. — diz sorrindo fraco. Balanço a minha cabeça concordando com o que me diz e continuamos com a nossa caminhada até chegar perto de uma árvore grande que dispunha uma bela sombra.

Um psicólogo exótico (Romance Gay/Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora