6 -- Mamãe.

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"Bipolaridade é um problema, é preciso trata-la".

Harry Carter narrando
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Finalmente já é sexta feira. De todas as semanas de trabalho que já tive, esta foi a mais duradoura e chata.

Atendi vários pacientes com problemas realmente grave, até outros já tentaram suicidar-se. Quando tenho total controle da minha mente, o meu lado humano fala mais alto e ouvir os problemas dos meus pacientes lembram-me muito o meu passado. Do quão vulnerável e frágil eu era.

Isso não quer dizer que já não sou frágil, muito pelo contrário, me sinto ainda mais frágil do que eu era antes. Faço coisas que uma pessoa com a sanidade mental intacta não faria, atos bárbaros na qual no momento satisfaz-me por completo.

Hoje eu vivo a base de remédios pra ter o controle dos meus atos. Tudo isso graças aos distúrbios psíquico que tive ao longo dos anos, tudo isso graças a uma pessoa Cristian Carter.

Esse filho da puta ainda vai pagar caro por ter me transformado em um monstro.

O dia mal começou e já me sinto cansado. Olho a hora e ainda são 11h:47m da manhã, falta muito para o dia terminar. Suspiro e ligo para Angel, minha secretária que não demorou adentrar na minha sala.

- Harry!

- Quais as consultas marcadas para o resto do dia? - pergunto, já que de manhã não tive tempo de receber o cronograma, pois já tinha um paciente me esperando na minha sala.

- Tem a primeira terapia às... - confere a hora no relógio de pulso. - 11h:50m no caso daqui à dois minutos, uma mulher chamada Carolinne Beka... - foi sitando as consultas que no caso eram apenas três e eu achando dez.

Minutos depois a Angel foi a sua mesa e eu fiquei preparando-me psicologicamente para ouvir mais e mais problemas. Aff! Não é fácil.

Batem na porta e já até imagino ser a Carolinne Beka. Levanto-me da minha cadeira e vou até a porta, nada melhor que uma boa recepção, não é mesmo?

Abro a porta, mas fui surpreendido quando vejo uma senhora de meia idade, na verdade, não foi exatamente por conta da sua idade a minha surpresa, mas sim pois ela lembra-me muito alguém.

Minha mãe.

- Entre! Por favor. - dou a passagem pra ela. Indico-lhe o sofá na qual ela pode se sentar e vou até a minha escrivaninha pegar o livrete e a caneta.

- Então, eu sou o Harry Carter. - falo me apresentando pra ela, já até imagino que ela me conhece. Mas antes eu tinha que apresentar-me de um modo geral, para que ao longo das terapias ela não se sinta insegura com relação a mim, e que esteja mais a vontade quando ao relatar dos seus problemas. Problemas!

- Prazer! Eu sou a Carolinne... Carolinne Beka. - fala também se apresentando.

O silêncio predominou a sala, a paciente um tanto quanto com medo de pronúncia-se, típico o primeiro dia mesmo. Teve uma vez que passei uma hora em silêncio com um paciente iniciante, fui obrigado a pôr um sorriso amigável por longos minutos que cheguei a imaginar o quão sem graça estava sendo, a minha vontade naquele instante era bater nele ou mesmo mandar-lhe embora, até tive uma ideia mais agradável. Mata-lo. Mas felizmente eu soube me controlar e esperar o momento em que se sentisse preparado para falar.

Um psicólogo exótico (Romance Gay/Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora