23 -- Apaixonados

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"Insano, louco, psicopata.
Olha no que me tornei para que não me tornasse um babaca..."
— Marlon Ferreira.

Harry Carter narrando
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Sinto um peso sobre o meu corpo e isso faz com que eu abra os meus olhos, sorrio ao perceber que é o John que está dormindo sobre o meu corpo. Com a minha mão direita, jogo o cabelo que cobria o seu rosto pra trás. Olho o rosto perfeito do John e custa à acreditar que eu, Harry Carter, estou sentindo algo muito além de uma simples relação entre psicólogo e paciente ou até mesmo de sequestrador e a sua presa.

Velo pelo seu sono até que ele acorda e quando os nossos olhos conectam-se eu percebo que sim, eu estou apaixonado pelo esposo do meu irmão. Saber disso chega a me assustar, é tudo muito estranho e confuso. Em toda a minha vida, nunca antes senti algo tão profundo como o que eu estou sentindo pelo John.

Sorrio pra ele e deixo um beijo na sua testa e vendo o seu corpo arrepiar-se em um simples beijo me faz abrir ainda mais o meu sorriso, pois isso pode ser um sinal de que o seu corpo reage com os meus toques.

— Bom dia! — digo.

— Bom dia! À quanto tempo está me observando? — pergunta curioso mas não dispensando um pequeno sorriso no rosto.

— Hum! Digamos que quase meia hora? — digo mas sai como uma pergunta e não propriamente uma afirmação. Vejo ele abrir a boca pra falar mas fecha em seguida o que me faz rir pela sua expressão de choque.

Ele sai em cima de mim, espreguiçando-se de tal maneira que cai no chão. Algo que já percebi é que o John é muito desajeitado e eu gosto desse seu jeito.

Solto uma risada e ele me fuzila com o seu olhar mas nem por isso eu paro de rir, ele levanta do chão fazendo uma careta de dor e pega um travesseiro me batendo com ele. Rapidamente também levanto da cama e puxo o travesseiro jogando pra bem longe, no ato o seu corpo desiquilibra-se e quase cai então o agarro pela cintura. Os nossos corpos se juntam e os nossos rosto ficam à pouco centímetros, olho nos seus lábios entre abertos e ele faz o mesmo, olhando nos meu lábios.

— Você está bem? — pergunto em um sussurro.

— Você é um idiota. — ele diz e isso me faz sorrir pela sua audácia. É, eu acho que este confinamento fez muito bem ao John.

— Eu? Idiota? — pergunto fingindo estar ofendido.

— Sim. — diz sem medo nenhum. Aperto as minhas mãos na sua cintura o que arranca um gemido de John.

— Sou um idiota que quer beijar a sua boca. — falo em um sussurro.

— Ainda não escovamos os dentes. — diz relutante mas olhando fixamente nos meus lábios. Ele também quer me beijar!.

— Eu sei que você quer tanto quanto eu. — digo e sem esperar pela sua resposta tomo a sua boca em um beijo que ele retribui de imediato. Um beijo suave e sem segundas intenções.

Passamos alguns minutos nos beijando que só nos separamos quando o ar se fez necessário. John ainda está de olhos fechados e eu encosto a minha testa na sua, recuperando o fôlego. Beijar a boca do John é algo incrível que se eu pudesse passaria o dia todo beijando a sua boca deliciosa mas como nem tudo é como nós queremos, eu tenho que ir a empresa e pela hora que acordamos sei que já estou muito atrasado.

— Eu tenho que ir. — digo, ele abre os seus olhos e dela eu posso ver uma sombra de tristeza. — Mas eu volto antes do pôr do sol. — digo por fim e ele abre um pequeno sorriso.

Um psicólogo exótico (Romance Gay/Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora