57 -- Ciúmes.

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“Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis”
— René Descartes.

Harry Carter
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— Tem certeza que estás bem? — John pergunta pela milésima vez depois que decidi levantar para arrumar as coisas e iniciar a pintar o quarto do nosso bebê. — Nós não precisamos fazer isso hoje, vamos pro quarto descansar. — diz por último, o que me faz olhar pra ele.

— Estou bem. — digo e ele suspira.

— Eu... Eu só estou preocupado com você. — John diz enquanto senta novamente na poltrona.

— Eu sei. — digo com pequeno sorriso no rosto, me aproximo e agacho na sua frente.  — Mas eu realmente estou bem, o que acabou de acontecer foi apenas um mal estar passageiro. — digo por fim. Relutante, ele acaba aceitando que eu estou bem e antes mesmo que eu me levante, ele leva a sua mão direita no meu cabelo e a outra na minha bochecha. Sinto meu corpo relaxar quando ele passa a deslizar suavemente a sua mão na minha cabeça e a outra no meu rosto. Olho para o John que também está vidrado nos meus olhos e por um instante eu desvio o meu olhar para sua barriga já tão grande.

Pensar que tem um filho meu dentro da sua barriga e que muito em breve irei pega-lo nos braços é algo que nunca imaginei, mas é muito bom pensar nisto. Às vezes eu fico com medo e me pergunto se realmente serei um bom pai para com os meus filhos, se não cometerei os mesmos erros que o meu pai, mas sempre que isso acontece eu falo comigo mesmo que tenho ao meu lado o John, que certamente estará comigo em todos os momentos e com a sua ajuda eu vou poder estar nos eixos.

— Se fosse uma menina o nome dela seria Meghan, mas acho que isso fica pra próxima. — digo depois de um tempo em silêncio.

— Próxima? — pergunta com graça e eu balanço a cabeça concordando. — O nosso filho vai se chamar Jason, eu gosto desse nome. — diz e eu olho pra ele em questionamento.

— Algum motivo especial? — pergunto e ele balança a cabeça em negação.

— Não, é apenas um gosto genuíno.

— Hm! Também gosto desse nome. — digo me inclinando um pouco para beijar a sua barriga. — Vai se chamar Jason Mahonne Carter. — digo por fim.

Ficamos daquele geito por um bom tempo até que decido voltar ao trabalho. Organizei os papelões para não acabar sujando o piso e só depois eu comecei a pintar, nalgumas vezes o John ajudava a pintar mas tão logo se cansava e voltava a sentar. Sempre que pudia, Mariza trazia comida pra nós mas eu quase que não comia pois o John devorava toda a comida em um piscar de olhos. Ria horrores quando por acidente ele se engasgava ou mesmo quando ficava super apertado para fazer xixi e corria rápido para o banheiro.

Assim que terminei de pintar, combinamos de chamar um técnico para reformar o banheiro, mas esse trabalho só será feito amanhã. Nós perdemos a noção do tempo pois assim que saímos do quarto do nosso bebê eu percebi que já passava das três da tarde. Optamos por tomar um banho relaxante e assim que terminamos nós fomos sentar na sala de estar. Enquanto o John lia o seu livro, eu aproveitei mandar uma mensagem ao Simon dizendo pra dar água à minhas presas, pois ficar o dia todo sem comer alguma coisa e ainda mais em pé vão acabar morrendo sem antes de eu dar pra eles o que merecem.

— Boa tarde! — ouço a voz do Sebastian, mas quando olho em sua direção, avisto ele caminhando em direção ao seu quarto.

Um psicólogo exótico (Romance Gay/Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora