36 -- Pedido.

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"Aprende a viver como deves, e saberás morrer bem"
— Confúcio.

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Harry Carter

Não sei à quando tempo eu dormi mas pelo visto foram longas horas, pois de onde me encontro, é possível ver o sol se pôr por entre as montanhas ao longe.

À horas estou tentando me desconectar um pouco da realidade, quero ficar pelo menos alguns dias apenas no meu mundo, sem saber do que está acontecendo lá fora, mas pelo visto isso não será possível já que o meu celular não para de notificar mensagens.

Eu sinceramente não quero ver as notícias já publicadas em várias revistas ou jornais relatando do ocorrido, mas a cada minuto que o meu celular apita, surge a curiosidade. Sei que neste momento devo estar sendo processado, então pego o meu celular no criado mudo e resolvo ver de uma vez por todas tudo quanto têm falado de mim nessas últimas 48 horas.

Desbloqueio o celular e vejo que tem inúmeras ligações não atendida, mensagens não visualizadas e mais de cinqüenta emails na minha caixa de entrada.

Respiro fundo e decido iniciar pelas ligações, vejo quais as pessoas ligaram pra mim neste intervalo de tempo. São tantas mas paro quando vejo que o Cristian e Richard também ligaram pra mim. Neste momento eles devem estar felizes com a minha crise feita ao público, isso deve ter sido créditos para possíveis armadilhas que ele vêem planejando.

Eles devem estar com vontade de zoar na minha cara, talvez essa seja o motivo pelas ligações. Passo por eles e vou vendo quem mais ligou pra mim e pelo visto o meu advogado foi uma das pessoas com o recorde de ligações, já que foram quase setenta.

Termino nas ligações e passo rapidamente em algumas mensagens. Novamente encontro o nome do Cristian em meio as outras e mesmo à contragosto, resolvo a abri-la e ver o seu conteúdo.

[Cristian Carter]:
Uma vez louco, louco serás pra sempre. Hahaha...

Leio e assim que termino me arrependo completamente, pois, mesmo não admitindo livremente, as palavras do Cristian é a única que fere com a minha sensibilidade ao ponto de me fazer sentir um completo lixo.

Eu sei que não poderia me sentir desse jeito pelas coisas que o Cristian fala, mas eu digo que é impossível isso acontecer. São em momentos como esse que faz-me lembra da minha infância e o início da adolescência conturbada que tive ao seu lado.

Eu sinceramente só tenho à agradecer a Deus por ter posto o Sebastian na minha vida, pois se não fosse por ele, hoje eu não me imagino onde ou como estaria.

Provavelmente estaria em um manicômio, sendo tratado e mantido recluso da liberdade por ser um completo doente. Ou talvez estaria em uma prisão, por conta das várias pessoas que eu matei quando tive as minhas crises, inclusive a minha mãe entra na lista dessas pessoas. Mas também a ideia de estar à sete palmos da terra é válida neste momento, já que em algum momento da minha adolescência o Cristian quase me matou.

Disperso esses pensamentos assim que começo a ver os meus emails, tal iguais as mensagens e ligações, os emails também são tantos então apenas leio as que chamam a minha atenção.

Novamente o meu advogado tentou comunicar-se comigo e desta vez ele diz que preciso entrar em contato com ele o mais rápido possível. São tantas informações que vi até agora e ainda falta ler algumas colunas de notícias para ver quais as coisas estão falando sobre mim, mas resolvo fazer isso em uma outra oportunidade assim que ouço a minha barriga roncar.

Um psicólogo exótico (Romance Gay/Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora