34 -- Surto.

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"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal"
— Friedrich Nietzsche.

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John Bruce
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Tem um ditado famoso que diz, "No final de um túnel há sempre uma luz", e realmente é verdade pois finalmente eu estou vendo, estou encontrando essa luz no final do túnel.

Eu digo que apenas "estou vendo e encontrando", porque eu não tô 100% nessa luz. Já é um meio caminho andado pois ainda tem espaços nesse meu túnel que está escuro e que só será realmente iluminado quando eu me libertar totalmente das amarras que até então aprisiona a minha vida, uma delas é o Richard.

Fora disso e pensando em coisas boas, vocês não imaginam o quão feliz estou. Essa consulta com o obstetra só serviu para que a minha ficha caísse e realmente me desse conta que sim, eu estou grávido e que tem um ser tão pequeno dentro de mim que já roubou todo o meu coração.

Quando pela primeira vez eu ouvi o som do seu coraçãozinho eu senti algo tão, mais tão profundo que com certeza não vou conseguir descreve-la mas se for defini-la em uma palavra que talvez se aproxima da descrição, eu diria que senti amor.

Isso mesmo, nem a palavra amor define exatamente o que eu senti pois é muito além de amor. A minha alegria só aumentou ainda mais quando vi que o Harry também está tão envolvido e feliz com a notícia.

Mark, o obstetra, fez todos os procedimentos  necessários para uma consulta digna, encaminhou-me para alguns exames secundários que eu preciso fazer e também o acompanhamento com a minha nutricionista que será fundamental nessa época da gestação.

Pegamos algumas fotos do nosso/a bebê — que na verdade é uma imagem borrada —, e depois de marcar a próxima consulta nós saímos do hospital completamente felizes. Sebastian teve a brilhante ideia de almoçarmos em um restaurante já que estamos no centro da cidade, e eu resolvi convidar a Jolie que prontamente aceitou o meu convite. Agora, estamos todos nós sentados em uma mesa ampla de um restaurante, com os cardápios em mãos.

Indeciso com a escolha do prato, resolvo pegar algo simples e que não me traga nenhuma complicação na hora de comer. Todos nós escolhemos e entregamos os pedidos ao garçom, enquanto esperamos, rolava uma conversa na mesa que na verdade apenas o Sebastian e Jolie interagiam.

Harry, embora feliz ele me parece quieto demais. Resolvo perguntar o que se passa mas do pouco que eu conheço dele, sei que não vai responder então limito-me em segurar a sua mão por baixo da mesa. Assim que a minha mão entra em contato com a sua, estranho ao perceber que a mesma está trêmula e suada.

— Você não está bem. — afirmo baixo, ao pé da sua orelha. — As suas mãos estão suadas e trêmulas, você quer sair daqui? — pergunto e no momento que ele abre a boca para falar o garçom chega e passa à nos servir.

O garçom demora por alguns minutos por conta do excesso de pedidos que a nossa mesa fez, mas quando ele termina volto a me concentrar no Harry que ainda não respondeu a minha questão.

— Não te preocupes, eu estou bem. — responde forçando uma voz calma. — Vamos comer. — diz por fim.

Mesmo não estando convencido com a sua resposta resolvo esquecer desse assunto e comer a minha comida. Com tempo eu fui interagindo na conversa da Jolie que por sinal está contando das travessuras que ela já fez ao longo dos anos. Uma vez ou outra o Harry falava quando lhe era passado a palavra mas quando isso não acontece ele permanecia em silêncio.

Um psicólogo exótico (Romance Gay/Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora