42 -- Adorável manhã.

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“Somente quando encontramos o amor, é que descobrimos o que nos faltava na vida”
— John Ruskin.


Harry Carter
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Eu te amo, psicólogo exótico. — John diz antes de se entregar totalmente ao sono.

Meu sorriso se alarga e sinto o meu coração se apertar de felicidade. Céus! Pareço um bobo apaixonado, não, na verdade não pareço, eu estou louco por esta pessoa que dorme tranquilamente no meu peito.

Quando poderia imaginar que isso aconteceria comigo? Que pediria a mão de alguém em casamento e que depois de uma boa noite fazendo amor, estaria com essa pessoa dormindo no meu peito? E mais, que essa pessoa estaria grávido, à espera de um filho meu... Céus! Tudo isso era tão distante da minha realidade que não consigo acreditar que realmente está acontecendo.

Abraço o corpo do John e fecho os olhos enquanto cheiro o seu cabelo. A minha mão direita passeia lentamente pela suas costas suada e quando abro os olhos o anel em seu dedo entra no meu campo de visão, eu sorrio e agradeço mentalmente ao Sebastian, pois foi ele quem abriu-me os olhos e me fez entender que estava perdendo tempo e que precisava oficializar a minha relação com o John.

[flashback On]

Hoje eu não fui trabalhar, na verdade já faz três dias que não vou trabalhar por conta da confusão que aconteceu com a imprensa. Por enquanto não quero dar às caras, estou esperando que as notícias sobre mim dão uma trégua e só depois eu vou sair de casa. Sei que para alguns isso parece uma atitude de frascos mas pra mim não é bem assim.

Estou no meu escritório já faz um tempo. Com os olhos vidrados no notebook à minha frente, eu leio atentamente as novas propostas de investimento quando ouço a porta sendo aberta, desvio a minha atenção do notebook e vejo o Sebastian com o corpo parcialmente no escritório.

— Posso entrar? — pergunta.

Claro.

Sebastian adentra e senta em uma das duas cadeiras que fica à frente da minha mesa. Desligo o notebook e presto atenção no homem que considero como um pai.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunto e ele balança a cabeça em negação.

— Não, eu vim conversar. De homem pra homem, sabe?

— Sei... — digo desconfiado pois nunca o Sebastian falou desse jeito.

— Pois bem, o que você tem com John? — pergunta sério e em uma postura reta.

— O quê?

— Vou repetir. O que você tem com o John?

Tipo, que tipo de relação? — pergunto confuso e ele concorda. — É... Eu... Eu, sabes... — eu procurava a palavra certa para responde-lo mas simplesmente não encontrava. Na verdade nem eu sei que palavra procurava, pois sinceramente não sei a relação que eu tenho com o John.

Nós praticamente levamos uma vida de casados, mas não oficializamos nada.

— Você não sabe. — Sebastian afirma.

— É, eu não sei.

— Mas então, quais são as suas reais intenções com ele? — pergunta cruzando os braços.

— Sebastian, o quê é isso? Por acaso está me interrogando? — pergunto passando as mãos pelo cabelo.

Não sei porquê mas estou me sentindo intimidado pelo Sebastian.

Um psicólogo exótico (Romance Gay/Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora