5 -- Terapias com um psicólogo?

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John Bruce narrando.
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Já se passaram cinco dias desde o estupro que sofri do meu próprio marido e neste período de tempo não tive a coragem de sair de casa, especificamente do quarto.

A Jolie tem sido muito prestativa e compreensível ajudando-me em tudo que preciso. No dia seguinte do estupro ela fez o curativo de alguns ferimentos e até me ajudou no banho, "pois é, temos uma grande intimidade".

Eu não só a vejo como uma grande e melhor amiga, mas também a vejo como uma irmã.

Neste tempo todo, o Richard não voltou pra casa, o que eu acho bom. Mas mesmo assim o sentimento de ciúmes me invade pois provavelmente deve estar na casa de um/uma amante se esfregando um no outro e eu aqui, sofrendo.

As vezes tenho raiva de mim mesmo por amar alguém como Richard, ele mal se importa comigo, não quer saber se estou bem ou não. Pra ele o importante é apenas sexo, sexo e sexo. Fico chateado por sentir ciúmes quando ele vem com amantes dele aqui em casa, choro e lamento por esse sentimento que ele nem conhece. Amor.

Os hematomas no meu corpo já estão desaparecendo, embora o pescoço ainda esteja roxo. Em suma estou me recuperando e isso é bom. Na verdade estou recuperando fisicamente, pois psicologicamente estou muito mal mesmo. Cenas daquela noite ainda predomina a minha mente, causando-me pesadelos.

Suspiro de tanta frustração, estou cansado por ter uma vida de merda, miserável e deplorável.

— Licença Senhor! — Miriam entra no quarto, ela é a empregada da casa, uma senhora de meia idade muito gentil. Ela ajuda muito aqui em casa, não só cozinha como também faz faxina, separa as roupas que vão pra lavandaria e outras ela lava mesmo aqui... Basicamente ela faz tudo.

Digamos que o Richard não é pobre, ele trabalha na empresa do seu pai "G&C Corporation" na área administrativa, por conta disso nós vivemos no conforto, mas não é por isso que eu devo ser esnobe, eu trabalho o meu próprio dinheiro como garçon, embora o Richard já ter quase me batido por eu não ter pedido a demissão no restaurante, "pelo menos com isso eu pude enfrenta-lo"

"Esposo de um administrador e futuro diretor de uma grande empresa não pode ser um garçon" dizia ele.

— Sim, Miriam. — respondo-a, dando sinal para entrar. — Aconteceu alguma coisa?

— A senhora Jolie está lá em baixo.

— Manda ela subir e também já podes levar a bandeja de comida. — falo apontando a bandeja já que ultimamente só como no quarto mesmo.

— Sim senhor.

— Miriam quantas vezes vou falar pra não me chamar de senhor? — falo  insinuando um ar de ofendido. — Desse jeito me sinto um senhor de meia idade.

— Hm! Está bem Senh... John. — fala se atrapalhando entre as palavras. -- Vou chama-la John.

Assenti pra ela que sai no instante com a bandeja nas mãos. Não demorou muito e já vejo a Jolie adentrando no quarto com um sorriso no rosto, "Como essa mulher me transmite uma sensação de paz".

— Bom dia! Como estás? — diz me dando um abraço, mas não a respondo e faço um bico pois já faz três dias que ela não vem me visitar, eu sei que ela está trabalhando ao dobro lá no restaurante já que tem dois funcionários que tiraram uns dias de folga, isso incluindo Eu.

Um psicólogo exótico (Romance Gay/Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora