SUBMISSIVE

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Música do capítulo: NCT 127_Sun & Moon.

Suspirei entediada enquanto aguardava Jungkook e Taehyung voltarem da lojinha de conveniências, e apoiei minha face em minhas mãos, vendo um cara sair correndo de dentro da loja com uma mala em mãos, soltei rapidamente o cinto, me virando para o outro lado, e fiquei olhando o cara ir correndo pelo meio das vias agitadas.

Logo Taehyung atravessou a porta do estabelecimento correndo, e Jungkook ia mais atrás com um taco de basebol em mãos.

Arregalei os olhos, e passei para o banco do motorista, assim dando partida devagar atrás dos dois, os quais iam atrás do homem. Porém, um carro atravessou na frente do carro que eu dirigia, e eu pisei no freio parando o carro assim abrindo a porta do carro e a fechei com força indo até o carro da frente e chutei a porta do carro, que havia fechado minha passagem, e a de outras pessoas e indaguei.

—Quem diabos é você afinal? O que você pensa que é pra atravessar o carro na minha frente???

Logo, na porta do outro lado, um ser se pôs de pé, e se virou me olhando com um largo sorriso.

Dei um passo para trás, e acompanhei com o olhar o mesmo dar a volta no carro, e vir até mim, seus olhos desceram por meu corpo, e logo o mesmo falou enquanto cruzava os braços.

—Céus Hayle, não acredito que tive de fazer tudo isso pra você poder conversar comigo.

Pisquei os olhos com rapidez, dando passos para trás, e senti minhas costas colorirem com o carro, engoli a seco, e tombei a cabeça para o lado perguntando baixinho.

—Quando saiu da clínica? C-Como sabe que eu estava aqui? O que... Você está fazendo aqui?

—Desculpe... Mas são muitas perguntas para uma pessoa só responder.

Um riso brincou sob seus lábios, e logo o tive me cercando com os braços, novamente engoli a seco e desviei o olhar.

—Hoseok... Não faça tudo novamente...

—E eu não irei, apenas queria pedir desculpas, de maneira adequada.

O ouvi falar com calma, e eu o encarei, assim resmungando e o afastei, assim apontando um dedo a si.

—Dire seu carro da minha frente ou eu irei passar por cima.

E assim entrei no carro, e o liguei acelerando um pouco sem soltar os freios, vi quando o mesmo arregalou, os olhos e correu para o seu veículo assim o tirando rapidamente da minha frente, sorri aliviada, e dei partida, assim dirigindo por uns dois minutos, até avistar Taehyung e Jungkook sentados em uma parada de ônibus.

—O que as donzelas estão fazendo aí?

—Ah... Você veio atrás de nós...

Taehyung sorriu vindo até o carro, e entrou no banco de passageiro, logo Jungkook entrou ao meu lado, e fez biquinho

—Roubaram aquela lojinha, mas não conseguimos pegar o cara.

Os encarei e questionei.

—Vocês são por acaso policiais? Oh céus, vocês poderiam ter se machucado.

Resmunguei enquanto dirigia, e ouvi a risadinha de Jungkook.

—Foi o Taehyung quem saiu correndo atrás do cara.

—Mas eu não mandei você vir atrás de mim.

—Vocês são loucos.

Falei enquanto dava partida para casa, assim encostando a cabeça no banco e suspirei baixinho.

—O que foi?

Perguntou Taehyung, enquanto me olhava curioso, fiz biquinho, e neguei com a cabeça.

—Nada, por que?

—Você parece está tensa.

—Não é nada uh? Deixa pra lá. Só estou um pouco ansiosa pra ir levar meu currículo amanhã.

—No caso sua entrevista de emprego?

Afirmei e entrei na rua que dava acesso a nossa casa.

—Acho que vi um fantasma hoje.

—Quem? Sua mãe?

Estreitei os olhos estacionando, e virei a face para Taehyung, negando enquanto fazia uma careta, Jungkook, riu baixo, e saiu, em seguida Taehyung, e eu logo depois, levando comigo, meu pacotinho de pipoca.

Entrei na casa, assim indo até o sofá e me sentei, acompanhada de Jungkook, escorei minha cabeça no sofá e fechei os olhos com leveza.

—Acho que vi o Hoseok hoje...

—Impossivel, o Hoseok ainda estava na clínica.

—Sim, ainda estava...

Disse Taehyung por fim, soltando um leve suspiro, e resmungou baixinho.

—...e se ele não estiver mais?

Completou Taehyung apoiando a face em sua mão esquerda, e o vi suspirar desviando o olhar.

—Não quero nem imaginar.

Disse Jungkook me puxando pela cintura e me abraçando enquanto me beijava o ombro.

—Bom, depois desse tempo todo, pode ser que ele tenha se arrependido do que fez.

Falei distraída, e recebi um tapa na coxa de Jungkook, e na outra de Taehyung.

—Você mais do que ninguém, sabe exatamente o que ele é capaz de fazer.

—Sim, mas, não acho que devemos o julgar sem saber se ele melhorou ou não.

Jungkook, arregalou os olhos e se levantou.

—Ele te machucou, te sequestrou, e ainda assim você tem coragem de dizer que não devemos o julgar sem saber se ele melhorou? Hayle, ele não vai mudar, infelizmente o que ele fez, nada vai fazer mudar o que ele fez, e você não pode se enganar achando que ele voltou outra pessoa, por que não existe o modo resetar padrão de fábrica lhe dando com humanos.

—Ah e você acha certo, esquecer a ele como se ele fosse um nada? Apesar de ser um monstrinho, ele ainda sim é o Hoseok, e ele ainda assim... É o homem que eu amei.

Jungkook se levantou, e olhou para mim, e depois para Taehyung, logo seguiu para o quarto.

Taehyung, por sua vez, suspirou e negou com a cabeça.

—Cuidado Hayle, talvez você esteja muitíssimo enganada, e está fazendo com que as pessoas que mais te amam, te deixe sozinha.

Arqueei uma sobrancelha, e lhe dei cotoco, assim saindo dali, e segui para fora da casa, o ouvindo me chamar alto.

—Hayle! Hayle volta aqui.

Rolei os olhos, e continuei andando, até sair da rua de casa, caminhei por um longo tempo, até chegar a praia.

Suspirei fechando os olhos, e segui a passos lentos até uma pedra e me sentei na mesma olhando fixamente para o mar.

—E se o Jungkook tiver razão?

Abracei minhas pernas, e fechei os olhos.

—Razão em que?

Perguntou alguém de longe, e eu virei a face olhando para Hoseok, assim me levantando, e sussurrei.

—Hoseok... O que faz aqui?