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-E-Eu...

Abaixei a face e a escondi em seu peito, ele apenas afagou meus cabelos e sussurrou.

-Você não precisa falar nada se não se sentir a vontade.

Suspirei e o olhei nos olhos, era estranho está se envolvendo assim tão rápido com Jungkook. Mais o mais estranho era que eu sentia algo mais estranho que o normal por ele.

Eu me sentia uma adolescente boba perto de si.

A vergonha toma conta de mim, as palavras me faltam...

Eu simplesmente não estou mais entendendo o que está acontecendo comigo.

Me separei de Jungkook e comecei a andar em direção a minha casa.

-Hay...

Parei e me virei minimamente para si.

-Sim?

-Ainda vamos nos ver?

Engoli em seco e desviei o olhar para a frente.

Eu realmente não sabia.

Eu nem sequer sabia o motivo de não está indo embora com JungKook. Eu nem sequer sabia o que estava fazendo.

Mas eu sabia que se eu dissesse que não,meu coração se partiria. Eu sabia que se eu não aproveitasse aqueles pequenos segundos ao seu lado, eu passaria bastante tempo sentindo a sua falta. Principalmente de seus lábios.... Por que JungKook tem que ser tão JungKook?

Me virei para si e ele se aproximou mais ficando a poucos passos de mim.

-Hayle...quer passar algumas poucas horas comigo? Nem que sejam as últimas...mas por favor aceite!

Engoli em seco o olhando nos olhos e sinceramente não tinha como dizer não.

-O que estamos esperando?

Perguntei e ele sorriu.

...

Alguns minutos depois e nós dois estavamos perto da empresa dos pais de Jungkook, o fitei confusa e ele sorriu sapeka.

-Sabe...meus pais só faltam idolatrar essa merda de empresa, eu já não me importo muito. E sabe, metade dessa empresa é minha, então eu tenho direito de fazer o que eu quiser com ela.

Semicerrei os olhos para si e o vi sorrir mais ainda.

-O que você pretende fazer JungKook?

Ele nada disse, apenas me puxou em direção ao prédio, já eram umas sete da noite o que significava que não teria tanta gente próximo ao prédio, ao menos era o que eu queria.

Quando chegamos onde JungKook queria ele pegou algumas latas de tinta de dentro da bolsa começando a desenhar, o encarei um pouco boquiaberta e ele simplesmente deu de ombros.

Balancei a tinta e comecei a pixar também.

Nunca achei que JungKook era capaz de aprontar uma dessas.

Ele começou a fazer alguns traços e estes eram bem parecidos com os meus, lhe bati no ombro e ri fazendo um grande X, uma lanterna foi focada em meu rosto e eu arregalei os olhos, logo meu pulso já estava sendo puxado e meu corpo corria para o carro o qual não estava muito longe.

O homem que corria atrás de nós era alto e um pouco musculoso, arregalei os olhos quando vi que ele estava próximo a mim, quando Jungkook chegou ao carro ele o abriu e gritou de dentro.

-Entra!

Não esperei nem mais um pouco e entrei, quando me sentei ouvi um baque na lataria da traseira do carro. Soltei um médio grito e JungKook deu partida dali. Me escorei no banco respirando fundo e logo uma risada ridícula e falha tomou conta do carro.

Coloquei a mão sobre a boca enquanto ria sem parar.

Levei uma mão a minha testa e afastei alguns fios os quais estavam soltos ali.

Jungkook sorria enquanto dirigia e sua respiração estava tão pesada quanto a minha, lhe fitei  o pescoço e vi sua clavícula esposta, por que seu maxilar e pescoço me pareciam tão interessantes?

Balancei a cabeça parando de rir e suspirei logo fiz uma careta ao sentir uma pontada no pé da barriga.

Fiquei tentando controlar minha respiração até que JungKook parou o carro em um sinal vermelho.

Seus olhos caíram sobre mim e os meus sobre ele.

Apertei o tecido da minha camisa e virei o rosto pra frente.

-E agora?

Um sorriso se formou em seus lábios e ele falou divertido.

-Você vai ver.

SUBMISSIVEOnde histórias criam vida. Descubra agora