2. O talento que corre nas veias

345 33 0
                                    

Rawlings, Wyoming

Um casal de jovens andavam pelas ruas da cidade de mãos dadas, os dois pareciam estar um pouco alterados por conta das bebidas que haviam bebido antes de sair da festa que seus amigos tinham feito. A garota, de vez em quando, apoiava sua cabeça no ombro do menino que, mesmo querendo estar com ela, se sentia um pouco desconfortável com a situação.

- Will, não precisa ficar assim. - ela diz, percebendo o nervosismo do garoto. - Sei que você é tímido e tal, mas tá tudo bem.

O garoto, mesmo ainda envergonhado, sorriu para ela e entrelaçou seus dedos com os dela e continuaram caminhando. Quando passavam perto de um beco escuro, os dois ouviram gritos e, por puro instinto, a garota correu na direção do local, para tentar ajudar quem fosse, arrastando o menino com ela, que parecia estar com muito medo. Porém, quando chegaram, perceberam que não tinha ninguém ali.

Os dois se encararam sérios por alguns segundos antes de começarem a rir.

- Acho que a gente tá muito bêbado. - a garota disse, se abraçando com o frio que veio em seguida, com a intenção de se esquentar. Will percebeu ali uma oportunidade para chegar mais perto da menina e, pensando nisso, a abraçou devagar. A menina vendo o que acontecia, pensou em beijá-lo, porém ouviram mais um barulho, que fez o garoto dar um pulo de susto. A menina riu antes de se soltar dele para ver o que era.

- Susie. - ele a chamou, baixinho, não achando aquilo uma boa ideia. Não sabia nem porque ainda estavam naquele beco. Ele pensou que não deveria ter bebido naquela noite.

A menina continuou andando e gritou alto quando viu um menino, que não devia ter muito mais que a sua idade, todo sujo e sangrando e de aparência fantasmagórica.

Will e Susie não conseguiram ter muito tempo de reação. Depois do grito, a garganta de Susie é cortada, além de surgirem cortes profundos em seus braços e pernas. Will corre na direção da menina, que cai no chão e, quando olha ao redor para encontrar o garoto, ele já havia sumido.

- Susie! Susie! - o menino começa a chamá-la, apavorado.

...

Dean's POV

- Mas, Dean... - Lexi começou a falar no carro, enquanto íamos em direção a casa da testemunha. - O garoto parece ser um grande suspeito, não acha?

Como as coisas não estavam muito bem no bunker eu pensei que seria melhor se trabalhássemos em algum caso todos juntos. Eu sei que a Lexi tem interesse em se tornar caçadora, principalmente depois do que aconteceu com a mãe dela, achei que assim ela veria que eu estou tentando o meu máximo e que eu quero sim conhecê-la melhor.

Eu não sei o que é ser pai de alguém. A relação com o meu velho já foi meio complicada e, apesar de ter tido Bobby nas nossas vidas, era difícil dizer como realmente eu deveria reagir com Lexi. Do jeito que ela falou no outro dia, ela parecia estar bem chateada com a minha confusão, que para ela pareceu desinteresse da minha parte. Mas eu realmente quero que ela saiba que estou tentando o meu melhor.

Espero que ela entenda.

Enquanto isso, a gente trabalha.

- Bem, é o que parece. - Sam, que estava com a reportagem aberta e os arquivos da autópsia de Susie Heart no tablet e lia atentamente o que estava escrito, a respondeu. - Mas pela reportagem, a polícia não está o considerando suspeito por conta do horário da morte. Não bate com o tempo deles terem saído do local onde estavam até o horário que William ligou para a emergência.

The Family Business - Livro 2 (She Has My Eyes)Onde histórias criam vida. Descubra agora