20. Feridas abertas

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Mais cedo naquele mesmo dia...

Mary e Ethan estavam no carro do mesmo, observando o suposto demônio que teriam que enfrentar.

- É ele? - Ethan pergunta, duvidando um pouco que aquele poderia ser o demônio. - Parece só um cara velho cuidando da casa.

- Tecnicamente, estou na casa dos 60 anos. - ela diz, querendo dizer que a idade não significava nada naquele caso. Os dois sorriram um para o outro.

- Ok, então. - Ethan diz. - Porque estamos inventando essa ladainha de que foi um amigo que me chamou, mesmo? - ele diz, preocupado. Não achava que eles iriam acreditar muito naquela história.

- Porque se Sam e Dean pensam que estão ajudando alguém e não a mim ou você, eles não farão as perguntas erradas. É mais seguro assim.

- Certo. - ele responde, voltando a observar o velho de longe. - Droga, eu odeio mentir para Lexi.

Mary o olha por um instante. Ela sentia o mesmo, tanto sobre a neta quanto os filhos. Odiava mentir para eles, mas sabia que a reação dos mesmos não seria das melhores se descobrissem que estavam trabalhando com o inimigo. Mary começa a folhear alguns papéis.

- Às vezes você não se pergunta qual é o truque? - Mary estranha a pergunta. - Sei lá. Eu sei que estamos salvando bastante gente, mas... às vezes não parece bom demais para ser verdade?

- Como você bem disse. Desde que estamos trabalhando com eles, eliminamos mais de uma dúzia de ninhos de vampiros, quatro matilhas de lobisomem e um ghoul que estava comendo meia Arlington. Salvamos muitas pessoas.

Ethan suspira tentando mentalizar que tudo o que estavam fazendo estava ajudando pessoas, salvando várias e várias vidas.

- Vamos? - Mary diz, Ethan concorda com a cabeça, dando partida no carro.

...

Lexi's POV

Mais tarde...

Todos nós havíamos ido em direção a casa do demônio que tio Ethan e Mary haviam falado. Era um plano simples e tínhamos pessoas o suficiente para fazer o trabalho. Mas por algum motivo eu sentia que havia algo errado e aqueles sentimentos vindos do meu tio e de Mary não ajudavam a me tranquilizar nem um pouco.

- Não parece estar protegido. - o anjo diz, enquanto chegávamos mais perto da casa.

- Ok. Vamos ao trabalho. - diz Dean, seguindo o caminho.

Castiel havia ficado de vigia do lado de fora, enquanto eu e tio Sam arrumamos a armadilha do diabo debaixo do tapete na casa. Meu pai ajeitava sua arma, com balas com armadilha de demônio encravadas. Tio Ethan havia ficado do lado de fora, de tocaia, pronto para nos avisar assim que o demônio ou qualquer outra coisa chegasse. Mary estava dentro da casa conosco, porém percebi que ela meio que desapareceu em um momento. Dei uma volta nos cômodos em que estávamos e a vi, saindo de uma porta. Pude sentir sua preocupação de longe.

- Vó? Onde estava? - pergunto. Castiel entra pela porta dos fundos no mesmo momento.

- No banheiro. Às vezes fico nervosa. - a mulher responde, saindo em seguida. Eu e Castiel nos olhamos. Acho que o anjo também estava sentindo algo estranho.

De repente, o telefone de Mary começa a tocar e ela atende.

- Ethan? Tá bem. - ouço ela dizer. - Ele está chegando. - ela nos avisa, se referindo ao demônio.

Começamos a ir para nossas posições para atacar o demônio. Meu pai ficou de frente para a porta, pronto para atirar nele assim que entrasse na casa. Castiel e Mary estavam um de cada lado na abertura que tinha entre a sala e a cozinha, o anjo com sua lâmina de anjos e a Winchester com uma arma. Tio Sammy ficou perto da porta, agachado, com a faca de demônios. Tio Ethan ainda está do lado de fora, pronto para nos avisar sobre qualquer problema.

The Family Business - Livro 2 (She Has My Eyes)Onde histórias criam vida. Descubra agora