19. Mentiras

160 24 0
                                    

Lexi's POV

Depois daquele dia, eu tentei usar meus poderes e aquela conexão esquisita que eu tinha com o nefilim para poder encontrar ele e Kelly Kline, porém estava sendo mais difícil do que eu imaginava. Castiel me disse que, como eu estava desenvolvendo Graça em meu corpo, havia grandes possibilidades de ela aumentar meus poderes psíquicos. Mas eu ainda não tinha certeza que isso estivesse acontecendo.

Ainda era muita loucura imaginar que eu tinha Graça em meu organismo. Ele disse que não se compara a quantidade de um anjo, longe disso. Porém eu teria certas habilidades que outros humanos não possuíam. Eu pensava que habilidades seriam essas. Não havia percebido nada de diferente ainda.

Mas o que mais me preocupava era sobre essa conexão celestial. O anjo disse que esse tipo de conexão sempre tinha algum sentido, que precisaríamos um do outro em algum momento importante, crucial. Isso pode significar qualquer coisa e a incerteza do que poderia ser me deixava um pouco receosa e preocupada.

Desde que descobri meus poderes, eu comecei a fazer algo para me ajudar a concentrar e controlá-los: meditação. Sempre que eu acordava, meus poderes estavam uma bagunça e isso me ajudava um pouco.

Eu recém havia terminado de fazer minha meditação matinal e resolvi levantar e ir até a cozinha, tomar um café da manhã. Porém, assim que cheguei na biblioteca do bunker, estranhei o silêncio do lugar. Já estava um pouco tarde, então eu duvidava muito que eles ainda estivessem dormindo. Será que saíram para comprar algo, mantimentos? Resolvi ignorar isso e continuei meu caminho.

Chegando na cozinha, vi uma embalagem com uma torta e um bilhete em cima. Estranhei, mas fui até ela. E quando eu li o que tinha escrito, senti meu rosto ferver de raiva.

"Fomos ajudar seu tio e sua avó em um caso.

Ethan insistiu que deixássemos você no bunker.

Voltamos logo.

Te amo.

Papai."

Ele ainda tem a cara de pau de escrever "Papai" num bilhete desses, eu mereço!

Tudo bem, eu entendo que eles se preocupam comigo. Mas me deixar de lado, presa no bunker até eles voltarem, é demais para mim.

Quer saber... eu cansei dessa ladainha.

Determinada, eu comi a torta que eles me deixaram, afinal, eu estava com fome, não ia deixar aquela delícia para trás por birra. Em seguida, fui até meu quarto, peguei meu computador e tentei rastrear onde eles estavam. Quando finalmente consegui sua localização, peguei minhas coisas e fui até a garagem do bunker, pegando o meu carro. Porém não encontrava as chaves em lugar nenhum.

- Não acredito que esconderam a minha chave! - digo, batendo forte no volante. - Sorte a minha que eu tenho uma extra. - digo, sorrindo convencida e correndo até meu quarto. Peguei a chave extra na gaveta da cômoda e voltei para o carro, dando partida. - Vamos lá, baby!

...

Narrador POV

Todos estavam em uma lanchonete, acertando os detalhes do plano para pegar um demônio, um caso que, de acordo com Mary, um conhecido pediu ajuda para cuidar, pois ele tinha poucas experiências com essas criaturas. No entanto, essa não era a verdade.

Mary e Ethan andavam trabalhando para os Homens de Letras Britânicos e escondendo dos Winchesters. Os Britânicos e os Winchesters tiveram alguns problemas no passado, então qualquer envolvimento com os mesmos parecia a pior ideia do mundo para os irmãos.

The Family Business - Livro 2 (She Has My Eyes)Onde histórias criam vida. Descubra agora