13. Energias estranhas

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Lexi's POV

Depois de descobrir sobre Lúcifer e saber, finalmente, onde ele se encontrava, começamos a pensar em como chegar nele. De tempos em tempos, desfocava dos sons à minha volta e pensava no que eu havia visto e sentido. Não queria ficar revivendo aquilo na minha cabeça, porém era mais forte que eu, quando eu percebia já estava pensando em tudo de novo. Meus tios, meu pai e Castiel pareciam intercalar para olharem para mim, visivelmente preocupados em como eu me sentia. De repente, meu pai veio até mim, que estava algumas cadeiras a distância dele, passando um braço por meus ombros e se agachando ao meu lado.

- Lexi, porque não vai descansar? - ele pergunta, me trazendo de volta a realidade. - Você foi incrível hoje, como sempre. A gente é meio panaca, mas acho que conseguimos resolver isso sem você. - ele diz, com um pequeno sorriso.

Eu apenas o olhei, concordando com a cabeça. Antes de nos levantarmos, ele completa:

- Mais tarde eu te chamo para comer alguma coisa, tudo bem? - ele diz e beija o topo da minha cabeça. Agradeci, me despedi de todos e fui para meu quarto, me jogando na cama assim que cheguei.

Eu tentei dormir, tentei mesmo. Era impossível com tudo o que estava acontecendo e tudo o que rolou mais cedo. Vendo se conseguia me distrair com alguma coisa, decidi pegar um caderno que eu tinha na escrivaninha do quarto e comecei a fazer alguns rabiscos. Peguei uma foto que eu tinha com meus tios e meu pai e comecei a desenhar. Fazia tempo que eu não fazia algo assim.

Quando eu percebi, já estava quase terminando e já haviam passado algumas horas desde que havia ido para o quarto. Só percebi mais pois minha barriga começou a roncar e, em seguida, meu tio surgiu no quarto, provavelmente para me chamar para comer.

- Hey, posso entrar? - ele pergunta, da porta. Concordei com a cabeça e cruzei minhas pernas na cama, dando espaço para se sentar ali. - O que está fazendo?

- Estava desenhando. - o mostro o desenho e a foto que copiava e ele arregalou levemente os olhos, surpreso.

- Uau. Isso tá... incrível. - ele me elogia, sorrindo. Sorrio de volta, agradecendo.

- Pode ficar, se quiser. Eu já tenho o original. - brinco, mostrando a foto em minhas mãos.

- Obrigado. - ele diz, colocando o desenho com carinho ao seu lado. Em seguida, com um olhar preocupado, ele me encara. - Como está se sentindo?

- Bem, eu acho. - respondo, sem muita certeza. - Foi um pouco chocante, mas acho que consigo superar. Afinal, eu já vinha tendo esses sonhos com ele.

- Continua tendo os meus sonhos? - ele me pergunta, parecendo chateado.

- Não tanto, aquele filtro dos sonhos tem ajudado. E as proteções que encontramos também. - o tranquilizo. Quando lhe contei sobre meus sonhos, tio Sammy me ajudou a descobrir formas para me ajudar com essa parte dos sonhos e encontramos várias coisas interessantes. Eu as usava agora, proteções e essas coisas, tudo nas paredes do quarto e um filtro dos sonhos na ponta da cama.

- Se precisar conversar... - ele começa, colocando uma mão em meu ombro, me confortando, com um pequeno sorriso.

- Eu sei. - o respondo, retribuindo.

- Seu pai te fez um sanduíche super gorduroso, ele levou lá para a biblioteca. - ele diz, eu rio de sua fala sobre o sanduíche. - Não consigo entender como conseguem comer essas coisas.

- Não é tão ruim. - comento. Nós nos levantamos e começamos a ir em direção a biblioteca. - Só não dá para comer todos os dias.

Quando chegamos lá, pude ver meu sanduíche e um copo de suco ao lado, perto de onde tio Ethan sentava. Me sentei e comecei a comer, parecendo uma esfomeada. Bem, no momento, eu era.

The Family Business - Livro 2 (She Has My Eyes)Onde histórias criam vida. Descubra agora