17. Conexão celestial

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Dean's POV

Eu ainda não conseguia acreditar que havíamos finalmente saído daquele buraco. A minha maior felicidade foi ver Lexi quando saímos daquela floresta, aquele abraço parecia ter sido o melhor abraço do mundo. A minha ideia para sair de lá foi horrível? Foi. Mas só de poder ter uma última chance de tê-la em meus braços já me deixa mais que contente.

Sobre o que Cass fez, eu ainda não sabia dizer o que sentia. Claro, estava agradecido. Mas não fazíamos ideia do que poderia acontecer a partir de agora.

Eu e Sam estávamos no bunker, no momento eu dava uma olhada em um quadro, com diversos papéis e uma foto de Kelly Kline, todos pendurados. Cass havia montado aquilo e nós estávamos tentando descobrir alguma coisa sobre seu paradeiro.

Sam, que voltava da cozinha, começa a falar:

- Sim, eu estava olhando para isso antes. Cass tem estado ocupado, hein?

- Sim, ocupado em não encontrar Kelly Kline ou o bebê de Rosemary. - ironizo. - Quero dizer, como uma garota como essa simplesmente desaparece do mapa?

- Bem, acho que é isso que ele está tentando descobrir. - ele diz, se sentando em uma cadeira - Ei, você já ouviu falar da mamãe?

- Sim, ela ligou ontem à noite, disse que tem uma pista sobre um metamorfo em Atlanta. - começo, me escorando na mesa do bunker. - Eu disse que podíamos ajudar e ela disse: "Não se preocupe". Aparentemente, ela "se vira".

- Então ela provavelmente se vira. - Sammy responde. Balanço a cabeça, concordando. - Ela é boa.

- Eu só acho que ela pulou de volta nisso um pouco rápido, não acha? - o questiono.

- Acho que não temos o tipo de mãe que vai ficar em casa fazendo canja para o jantar, sabe? - ele diz. Isso é verdade, não tinha como discutir. Era simplesmente quem ela era. - Você já falou com Cass? - e lá vem Samuel, tentando fazer todos nesse bunker se entenderem. Será que ele não cansa?

- Não. - respondi, seco. Sinceramente, não queria entrar naquele assunto.

- Então, o quê? Vocês vão continuar passando um pelo outro na cozinha, sem dizer uma palavra? - ele questiona, um pouco irritado.

- Talvez. - respondo, simplesmente, tomando um gole do café que tinha em mãos.

- Ok. - ele começa, cansado com tudo aquilo. - É, Cass matou Billie, mas ele nos salvou. Ele salvou a mamãe. Quanto tempo você vai ficar bravo? - ele me pergunta.

- Não estou bravo por ele se importar conosco, sabe. Estou grato. Principalmente por causa de Lexi. - começo. - Mas Billie disse que haveria "consequências cósmicas" se o acordo fosse quebrado. Você tem alguma ideia do que isso significa? - pergunto.

- Não. - ele me responde.

- Nem eu, mas tenho quase certeza de que não são jujubas e gatas de fio-dental.

- O lance é que Cass pensou que era a coisa certa a se fazer. - ele responde.

- E era a coisa certa. - diz Castiel, que entrava naquele cômodo, acompanhado de Lexi. Eu revirei os olhos.

Os dois estavam bem próximos ultimamente, o que eu ainda estava achando um pouco estranho, para ser honesto. Porém Lexi me explicou o quanto eles se aproximaram nesse tempo que estivemos longe e o quão importante isso foi para os dois.

- Você tem certeza disso? - o provoco.

- Sim. - o anjo responde, seco. Percebi olhares entre Lexi e Sam.

The Family Business - Livro 2 (She Has My Eyes)Onde histórias criam vida. Descubra agora