6 - FÚRIA

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"Malditos sejam os Lordes egoístas, que acreditam que o mundo gira em torno dos seus umbigos, quando definitivamente não giram".

— Lady Anastácia Lumb

Lá estava Anastácia Lumb, parada no meio de um cômodo vazio e pouco iluminado, que cheirava a mofo, cujas instalação encontravam-se cobertas de densas camadas de poeiras que se mesclavam com as diversas teias de aranhas pregadas ao teto, bem como ...

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Lá estava Anastácia Lumb, parada no meio de um cômodo vazio e pouco iluminado, que cheirava a mofo, cujas instalação encontravam-se cobertas de densas camadas de poeiras que se mesclavam com as diversas teias de aranhas pregadas ao teto, bem como nas paredes. Seu rosto encontrava-se encoberto pela penumbra, enquanto ela analisava o local com demasiada atenção.

Sim, a antiga residência Blacke, situada às margens do rio Tâmisa serviria para o seu propósito. Tratava-se de um local bem localizado e de fácil acesso às Ladies que em breve o teriam como o próprio templo da libertação. Any mal poderia esperar para ver seu empreendimento na ativa.

— Fecharemos o negócio, Senhor Saliston. Ficarei com o estabelecimento. Providencie a papelada e mande para o advogado de meu pai. Ele tratará de toda a documentação em nome do duque de Pennesburg. — Lady Lumb entregou ao homem rechonchudo, o cartão em que se encontrava o endereço de Lorde Rupert, o advogado da família e amigo de longa data dos Lumb's.

— Foi um prazer fazer negócio contigo, Milady. — O cavalheiro estendeu as mãos a Any que a apertou com a firmeza de uma negociante nata.

— Igualmente, Senhor Saliston.

Ambos se despediram de forma amistosa e o homem seguiu seu curso, deixando a Lady a sós com seus planos ambicioso.

Anastácia que não costumava a perder tempo com nada, estava planejando em sua cabeça engenhosa, como deveriam ser as futuras acomodações do clube das Ladies. Ela estava animada com tudo que pretendia fazer ali. Mal via a hora de admirar o clube em pleno funcionamento, repleto de risos e vozes femininas. Ah como ele iria amar aquele santuário! Londres se tornaria bem mais divertida. Disso ela tinha absoluta certeza!

Lady Lumb ria de orelha a orelha, completamente extasiada, quando a porta da residência ainda em ruínas abriu-se, revelando sua amiga Rose, que Any havia pedido que viesse ao seu encontro naquele local por ora abandonado.

— Jesus, Any! — Rosália espirrou e coçou o nariz. — Podes me explicar a razão de ter me chamado aqui? — Tapou o nariz com seu lenço branco que contrastava com a coloração azul escuro de seu vestido de seda meticulosamente moldado para o seu belo corpo.

Any Gargalhou alto. Rosália sempre fora acostumada com o luxo, pois nascerá em uma boa família na Espanha. Todavia, ainda muito nova, a mulher teve o desprazer de ser iludida por um homem que a usou, engravidou-a e depois fingiu que sequer a conhecia. Rose, para seu desespero, viu-se, solteira e grávida. Sem outra escolha, sabendo que seu futuro promissor fora arruinado, aos dezessete anos ela fugiu de casa para não manchar o nome da família e embarcou em um navio rumo a Londres.

Foram dias difíceis para a jovem que deixou sua casa apenas levando poucos pertences e um coração partido. Todavia, a vida se fez ainda mais terrível quando Rosália teve complicações durante a viagem e infelizmente perdera o bebê que fora jogado ao mar, que passou a jazer eternamente com Posseidon, o deus grego senhor dos oceanos.

Como Domar Uma Lady SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora