SINOPSE: No começo da temporada de casamentos em Londres de 1879, lady Anastácia Lumb, filha bastarda e supostamente a única herdeira do duque de Pennesburg, fugiu às pressas com seu melhor amigo, lorde Matthew Morrison, futuro duque de Hereford, pa...
"Não há dor maior no mundo, do que perder aqueles a quem amamos".
—Lady Anastácia Morrison
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Anastácia e Matthew Morrison ainda dormiam pacificamente quando a governanta da casa, a senhora Amélia Cooper, abriu abruptamente a porta, fazendo o duque despertar em um sobressalto.
— Senhora Cooper. O que faz aqui? — Matt indagou, ainda forçando os olhos a se acostumar com a claridade do dia.
— Isso veio da residência do duque de Pennesburg. — Entregou a missiva e Matt notou que as mãos da senhora estavam trêmulas. — Disseram que era para eu entregar imediatamente.
— Obrigado. — agradeceu, em uma espécie de murmúrio, sentindo a bile subir à garganta.
— Any. — Chacoalhou ombro da mulher que ainda dormia. — Acorde, Any.
Anastácia murmurou algo incompreensível, então abriu os olhos, ainda um tanto confusa, bocejou, e com muito custo, voltou a atenção ao esposo.
— Chegou uma missiva da casa de seu pai.
Any despertou alarmada, ajeitou-se na cama e segurou, com as mãos trêmulas, o papel que continha o brasão de sua família.
Preciso que venha à residência. É urgente!
M.G.
O bilhete sucinto fora escrito por Mary Garrison. Any sentiu o coração disparar sob o peito. Os olhos se encheram d'água. Deixou a cama em uma velocidade impressionante e começou a se arrumar.
— Peça para que preparem a carruagem! — solicitou a Matthew que rapidamente atendeu ao pedido.
Pouco tempo depois, o casal se encontrava aflito, dentro do transporte, rumo a residência do duque de Pennesburg.
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Naquela manhã cinzenta, mal a carruagem parou em frente à casa, Anastácia desceu as pressas, erguendo a barra do vestido azul escuro, correndo até a porta, tendo o esposo ao seu encalço.
Quando atravessou a porta, o mau presságio lhe atingiu severamente. Viu, mais adiante, Mary Garrison desabando em lágrimas, sendo acolhida pelas empregadas que também choravam.
Desesperada, e sentindo um caroço enorme fechar a garganta, Any disparou rumo a escada, trombando com o doutor Alan Sylver que a segurou pelos ombros.
— Meu pai! Eu preciso ver meu pai. — Tentou passar pelo homem que bloqueou a passagem.
— Anastácia! Há algo que eu preciso lhe dizer. — proferiu o homem, em tom austero.
Any finalmente encarou a face do médico, e no fundo, por mais que quisesse negar, soube exatamente o que ele iria dizer.
