• Henry Parker •
Vou ter um filho. Nunca tive uma imagem boa do que de fato é ser um pai, o meu era péssimo nessa função. Mas, eu encaro isso como um incentivo, eu não sou o meu pai e eu nunca vou ser. Quero dar tudo de bom e do melhor para o meu filho, todo o meu amor, toda a minha dedicação. Confesso que não estava nos meus planos, eu me imaginava as vezes sendo pai, mas em um tempo bem distante. Porém, agora que eu de fato descobri isso, eu só consigo me sentir feliz com essa notícia. Elena é a mulher da minha vida e agora teremos uma prova viva do nosso amor. Eu sou um puta de um sortudo.
Esperava que algumas pessoas não aprovassem essa notícia, mas foi exatamente o contrário , todos adoraram, nossos amigos, nossa família. Todos se sentem felizes pela chegada de um bebê e óbvio que eu e a Elena também estamos. Essa criança vai crescer rodeada de amor, coisa que a Elena infelizmente não teve: uma infância feliz. Eu, por outro lado, sempre tive o amor da minha mãe e isso era suficiente pra mim. Graças a Deus, meu filho terá dois pais e uma família que já o ama incondicionalmente.Bato na porta da casa da Elena e pouco minutos ela parece em vestindo de alcinha e um sorriso enorme no rosto.
-bom dia - ela diz e me abraça animada.
-bom dia amor. Tá pronta?- pergunto e ela assente. Logo, a tia dela aparece atrás.
-oi Henry. Já falei com o médico e ele marcou a consulta para daqui a meia hora. É tempo suficiente de vocês chegarem, então não corra e dirija com cuidado- sua tia da as instruções.
-sim, senhora. Não se preocupe, vou cuidar bem deles- digo e ela assente. Ela se despede da Elena com um beijo na testa e a gente sai até o meu carro. Bom, sim, agora eu tenho um carro. Minha mãe me deu o seu já que a partir de agora tenho que levar a Elena em milhões de consultas.
Nós entramos no carro e a Elena se encosta no assento, mechando suas mãos impaciente. Eu coloco um de minhas mãos sobre a sua, enquanto dirijo.-o que foi amor? Está ansiosa?- pergunto enquanto divido meu olhar entre ela e a estrada.
-um pouco... é que... eu não sei se consigo ser mãe... Henry. Eu tô feliz, mas tenho muito medo... nunca tive uma figura materna na minha vida e o meu pai... você sabe. E se eu não for capaz de criar essa criança? Se eu falhar com ela? É uma responsabilidade muito grande e eu sei bem as consequências de não se ter uma boa criação. Tenho cicatrizes até hoje e eu não quero isso pra essa criança. - diz sincera se abrindo comigo.
-Elena... você não é o seu pai. Você é a pessoa mais afetuosa que eu conheço, mais determinada também. Você vai ser uma ótima mãe e eu vou tá aqui pra te ajudar, esqueceu? Você tem uma família agora, duas na verdade. Também tem nossos amigos, essa criança vai crescer num lar cheio de amor, não tem como ela ter cicatrizes. - digo sincero para conforta-la e ela assente.
-você tem razão. Seremos bons pais- diz por fim, absorvendo tudo o que eu falei.
-eu não tenho dúvidas disso- digo e dou um beijo na sua mão. Estaciono em frente a clínica e nós descemos do carro, entrando direto para o consultório. Como esperado, nosso resultado de exame de sangue já tinha saído afirmando a gravidez. Não tinha como dar errado, porque a tia da Elena comprou mais uns 4 testes naquele dia que a revelamos, pra confirmar e todos haviam dado positivo.
O doutor da todas as instruções e vitaminas que a Elena tem que tomar. Ela está de dois meses e ainda está cedo pra saber o sexo do bebê, o que me deixou bem triste, estava ansioso pra saber. Seja o que for, eu vou amar, mas estou torcendo muito pra que seja um menino. Uma mini Elena, vai me fazer enlouquecer.-você queria que fosse menino né?- Elena pergunta enquanto toma seu milk-shake. Eu a trouxe pro shopping depois da consulta porque a Elena insistiu que estava com desejo de milk shake. Ainda acho que ela está usando sua "vantagens de grávida" pra tirar proveito, mas como eu não tenho certeza, tive que a trazer, não quero que meu filho nasça com cara de milk shake, pelo menos foi isso que a Elena disse que ia acontecer se eu não a trouxesse.
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A Liberdade do amor
RomansaElena Collins acaba de completar 18 anos, com um pai complicado e uma grande decepção em sua vida. Em um ato de pura coragem, ela resolve se mudar e morar com sua tia e sua prima, que é completamente o seu oposto e vai fazer com que ela finalmente...