Epilogo

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                                 • Henry Parker •

6 meses depois....

-amor...- escuto a voz da Elena e estou com tanto sono que mal consigo abrir os olhos.

-oi amor...- é tudo o que eu consigo dizer. 

-acho que a bolsa estourou- ela diz calmamente.

-bolsa? Que bolsa?- pergunto e no mesmo momento eu caio na real. Abro os meus olhos e me sento na cama com um expressão assustada. Olho para Elena e vejo que o colchão está molhado.

-aí meu deus- me levanto e começo a andar de um lado pro outro procurando minha camisa.

-Henry... calma eu..- nesse momento ela para de falar e solta um gemido de dor. Me aproximo dela e seguro em suas mãos.

-tá doendo? - pergunto sem saber o que fazer e ela me encara como quem diz "óbvio". Elena faz mais uma careta e solta outro gemido.

- preciso ligar pra minha mãe. - digo me levantando e pegando o telefone.

-Henry... - ela diz mas eu continuo tentando discar os números enquanto sinto minhas mãos tremer. Minha mãe vai saber o que fazer. - HENRY ! - ela grita novamente e eu paro.

-o que foi amor?

-não precisamos ligar pra sua mãe. Vamos pra porra do hospital, já mandei mensagem pra médica e ela vai... vai estar la. - diz autoritária, mesmo com dor e eu assinto. Pego seu vestido que está ao lado da cama. Nós preparamos muito pra esse momento, mas agora que chegou, eu não sei como agir. Ajudo ela a vestir a roupa e ajudo ela a se levantar.

-a bolsa amor.

-que bolsa?- pergunto perdido e ela me encara perplexa.

-a Bolsa HENRY! A que preparamos pra levar pra maternidade!

-ah sim! Claro! - digo e vou correndo pro quarto do Yuri. Pego a bolsa e penduro em um dos braços, depois saio correndo de volta pro quarto e levo a Elena até o carro. Jogo as bolsas no banco de trás e  Corro até o lado do motorista. Giro a chave mas o carro não pega. Com as mãos tremendo, eu tento de novo e novamente não pega. Tento mais uma vez e nada. Elena já olha pra mim desesperada e eu tô tentando não ficar.
Tento de novo e nada. Puta que pariu! Essa porra desse carro tinha que parar logo agora? Paguei uma fortuna nessa merda.

-merda!- bato no volante frustrado e Elena passa a mão nos cabelos, mordendo os lábios e tentando conter a dor.

-e agora? Pede um uber- ela diz enquanto aperta com força a porta do carro.

-tenho uma ideia melhor- digo e rapidamente Tiro o celular do bolso, discando o número do Lucas, que mora muito próximo a mim.
No segundo toque, ele atende.

-espero que seja importante pra você me ligar essa hora- ele diz com voz de sono. Acho que o acordei, mas foda-se.

-cara preciso da sua ajuda. A Elena está prestes a ter o bebê e a porra do meu carro não quer funcionar. Você pode vim aqui? Rápido.

-aí droga. Sim, claro. Eu já vou. - ele diz e desliga a ligação. Desço do carro com a Elena e com as malas novamente e ficamos encostados no automóvel.

-Elena, amor. Respira por favor - peço, enquanto ela praticamente grita de dor.

-não da pra respirar Henry. Eu tô morrendo- ela diz sentindo muito dor e eu fico ainda mais nervoso.

-você não tá morrendo. Pelo amor de Deus, não fala isso pra um cara que já está nervoso- digo passando a mão no cabelo. Escuto uma buzina e me viro. Vendo a Letícia sair do carro. Nossa. Isso foi mais rápido do que eu pensei.

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