A Liberdade do amor

Capitulo 32

                              • Elena Collins•
Acordo no outro dia um pouco melhor, tudo que rolou ontem foi desesperador, eu só havia sentido medo assim uma única vez na minha vida, que foi quando meu pai tentou me matar. Foi sem dúvidas um dos piores momento da minha vida, mas graças a Deus, Henry me encontrou. O desespero dele ao me ver, a forma como ele se preocupou comigo, me defendeu daquele desgraçado e cuidou de mim, foi algo que confortou meu coração, nunca tinha me sentido tão segura e amada assim antes.
Suas palavras ontem não saíram da minha cabeça até então, ele disse que não vivia sem mim e que estava disposto a fazer de tudo pelo meu perdão. Aquele episódio e sua forma de agir, mexeu comigo, toda aquela raiva ou magoa pela situação com o Oliver parece não ser nada mais.
Pego o meu celular e passo alguns cinco minutos olhando pra ele e decidindo o que fazer. Desde que coloquei minha cabeça no travesseiro eu só penso em ligar por Henry. Então, é o que eu decido fazer. Eu não vou o "perdoar" completamente, por mais que eu queira. Ainda tenho medo de entrar com tudo novamente e ser mais uma vez magoada. O Henry ainda não confia em mim e Sem confiança, por mais que exista amor, não há um relacionamento. Confiança é a base de tudo.

Vou nos meus contatos e aperto em seu nome. No mesmo instante? seu número começa a chamar e no segundo toque ele atende.

-Elena?- pergunta e sua voz soa supresa e ansiosa.

-oi Henry - digo apenas, ainda tentando saber o que falar.

-aconteceu alguma coisa? Você tá bem??- pergunta preocupado e eu o interrompo.

-não! Quer dizer... sim! Eu tô bem. Tô ligando pra saber se... você quer dar uma volta na praia comigo? Estou com a cabeça cheia e preciso disso... - digo omitindo a parte que eu sinto sua falta.

-sim. Claro, pode ser agora mesmo se você quiser- ele diz rapidamente e eu sorrio com isso.

-te encontro na praia em dez minutos?- pergunto e mesmo sem vê-ló eu o imagino sorrindo agora...

-fechado. - ele diz e nós desligamos. Me levanto e visto uma short com um cropped Branco de renda. Passo uma leve maquiagem e solto meus cabelo. Me olho no espelho e respiro fundo. Tô pronta.
Desço as escadas e pelo o que estou vendo, não tem ninguém em casa. Minha tia tá trabalhando e Juliet eu aposto que está com o Pedro.
Tranco a casa e vou até a praia, já sentindo a ansiedade atacar.
Assim que me aproximo da areia, vejo o Henry acompanhando os meus passos de longe e um sorriso tímido sair dos seus lábios, acalentando meu coração.

-oi Elena, você tá linda- ele diz carinhosamente.

-obrigada- digo um tanto sem jeito. Nós dois começamos a caminhar próximo da água, como sempre fazíamos praticamente toda à tarde.

-como você tá? - pergunta interessado em saber.

-to bem. Ontem foi bem traumatizante, mas eu já estou acostumada com situações assim, de angústia, com um tempo você vai aprendendo a superar mais rápido - digo e ele me olha triste.

-ninguém deveria se acostumar com situações assim. Você não merece passar por nada disso- diz e eu sorrio levemente.

-graças a você estou bem, poderia ser pior. Você me salvou, Henry. E eu vou ser eternamente grata por isso. - digo sincera.

-não precisa me agradecer. Eu Não me perdoaria nunca se algo tivesse acontecido com você...

-você não teve culpa- digo rapidamente, não quero que ele se culpe por nada disso. Eu é quem fui ingênua em deixar o copo na mesa, o mundo é cruel e eu sei bem disso.

-sim, de certa forma eu tive. Você estava mal e eu não deveria ter saído do seu lado nem se quer por um segundo.

-eu tenho culpa nisso, estava te enchendo o saco. Inclusive, me desculpa por isso, eu sei que falei algumas coisas que não devia, descontei minhas frustrações em você, eu não deveria ter feito isso.