A Liberdade do amor

Capitulo 29

• Elena Collins •
O dia amanheceu e estou aqui no meu quarto, olhando pro teto. A Juliet já pediu pra entrar trezentos e setenta vezes e todas eu pedi pra ele me deixar sozinha. Não me levem a mal, eu amo a minha prima, mas não estou no clima pra nada. Passei anos da minha vida sofrendo sozinha no meu quarto, acho que me acostumei com isso. Minha única vontade é ficar nessa cama e só levantar quando estivermos no próximo século.
Já senti raiva, já chorei, ja assistir a um filme, ja tentei dormir, já tentei ler , já fiz tudo e nada faz com que o Henry saia da minha cabeça. Achei que seria fácil esquecer, mas eu sinto como se tivesse de luto, como se tivesse perdido alguém importante. E de fato, isso aconteceu. Em tão pouco tempo ele se tornou uma das pessoas mais importantes da minha vida e agora ele estragou tudo.
Novamente, escuto outra batida. Juliet de novo.

-Elena! - ela grita e abre a porta do quarto. Merda! Me esqueci de trancar da última vez que desci pra beber água, na ponta dos pés pra não ser ouvida por ela.

-Ju, por favor. Eu não quero ver ninguém, Não quero ouvir ninguém e muito menos levantar dessa cama. Pode respeitar minha vontade?- peço e ela cruzas os braços.

-não- diz e vai andando até a janela, abrindo a cortina e deixando o sol entrar. Resmungo e me cubro com o lençol, mas a Juliet se aproxima e praticamente arranca ele de mim. - não vou deixar você ficar assim. Trate de se levantar, tomar um banho e passar um corretivo nessas suas olheiras.

-não tô afim, me deixa sofrer em paz - peço novamente e ela me ignora.

-Elena. Você acabou seu relacionamento mas não morreu. Cadê aquela garota forte que eu conheço? - pergunta e eu bufo, me sentando.

-Não sei mais onde está essa garota.

-Então, trate de achá-la. Vai! tomar banho porque nós vamos sair pra tomar água de coco na praia. Vou te dar dez minutos pra estar pronta- ela diz autoritária e sai do quarto. Me levanto contra a minha própria vontade, tomo um banho, coloco um vestidinho branco e penteio meus cabelos. Me olho no espelho e me sinto horrível, então passo uma maquiagem pra disfarçar a cara abatida.
Desço e encontro a Juliet pronta, sentada no sofá.

-até que enfim, já ia subir pra te buscar. Pronta?

-sim. - respondo sem muita animação e ela me puxa pelo braço, fechamos a casa e saímos andando até a praia.

-Elena... eu sei que você está passando por um
Momento difícil e que está acostuma a enfrentar tudo sozinha, mas agora você não está mais só. Você tem a mim, não precisa carregar todas as suas angústias, pode dividir comigo- ela diz me deixando até emocianada. De fato, eu sempre me acostumei a lidar com tudo sozinha. Quando eu Brigava com o Oliver por exemplo, eu não tinha ninguém pra desabafar, não tinha amigos, não tinha uma mãe e muito menos um pai. Era só eu e minhas angústias. Talvez seja por isso, que eu exclui a Juliet disso.

-me desculpa. Eu sei que você só está tentando me ajudar e obrigada por isso- digo sincera e ela sorri de lado. Nos sentamos na areia e compramos duas água de coco que começamos a tomar enquanto apreciamos o mar a nossa frente.
Poucos segundos depois, nós vemos os meninos vim na nossa direção. Para a minha sorte, o Henry não está. Apenas o Lucas e Pedro.

-Elena, me dá uma licencinha? Preciso ter uma conversa com o Pedro - ela diz irritada e eu apenas assinto.

-oi meninas - Pedro diz assim que chega e a Juliet fica de pé.