Capitulo 28

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                                  • Henry Parker •

Decepção. Nunca entendi a gravidade dessa palavra até hoje. Estou explodindo de tanto sentimento ao mesmo tempo, eu sinto raiva, tristeza, e a maldita decepção, que parece ser a pior de todas. Dizem que ela dói mais quando vem de quem a gente menos espera e isso é verdade. Dói pra caralho.
Entro no meu quarto e ando de um lado para outro. Meu corpo ainda está com bastante adrenalina e minha única vontade é sair quebrando tudo. Olho pra minha instante de troféus e vou até lá com sangue nos olhos. Quebro o máximo de objeto que consegui, espatifando no chão com toda a minha raiva. Para minha sorte, minha mãe não está em casa e não terá que me ver nesse estado.
Meu celular toca e eu tiro do bolso, vendo o nome do Lucas. Atendo no segundo toque.

-eai irmao, que tal uma partida de vídeo game?- ele pergunta inocentemente sem saber de nada.

-Não da cara , estou sem condições agora- digo ainda sentindo como se tivesse levado uma surra.

-o que houve?- pergunta preocupado.

-pode vim aqui? Tipo agora.-peço em agonia.

-posso. Dez minutos tô aí- ele diz e desliga o telefone.
Me deito na minha cama e passo a mão pelo meu rosto. Eu não sei o que foi pior de tudo, ver os dois se beijando ou ver sua preocupação em saber se ele estava vivo.
Toda a minha insegurança não foi à toa. Ela não o esqueceu completamente, foram porra de 7 anos juntos. Fui tolo em achar que eu, esse cara tão quebrado, pudessem superar isso. Não dá, nossa história nem se compara a que eles tiveram.
Do lado do Oliver, eu sou pequeno. Sou nada.
Ela provavelmente viu que ele estava indo embora, e percebeu que não era o que queria. Percebeu que ainda gostava dele, ou talvez, que ainda o ame.
Isso dói pra caralho e esse era o meu medo ao perceber que estava apaixonado pela Elena. Eu sabia que esse tipo de amor era incrível, mas que podia te destruir. E é como eu me sinto agora, destruído.
Depois de alguns minutos, acompanha soa nos meus ouvidos e eu me levanto da cama indo em direção a porta, desço as escadas e abro a porta da sala, nesse mesmo instante, o Lucas entra meio nervoso.

-Cara, o que foi que você fez?- ele pergunta perplexo e eu o olho confuso.

-porque você acha que eu fiz alguma coisa?

- Eu Estava vindo pra cá e no meio do caminho encontrei o ex da Elena, ele estava com o rosto todo machucado e eu perguntei o que aconteceu.

-então ele te contou...- digo cabisbaixo, enquanto pego o wisky que fica no centro e encho o meu copo , tomando o líquido de uma vez. Lucas me encara perplexo.

-Henry. Ele só me disse que você cometeu um erro. Ele disse que beijou a Elena de repete, não dando tempo dela reagir. Ele contou que só estava me falando isso porque estava arrependido, ele não queria que as coisas chegassem no ponto que chegou. Então eu te pergunto de novo, o que você fez? - ele pergunta nervoso e eu o encaro perplexo. Fico paralisado por alguns segundo tentando absorver tudo. "Ele a beijou de repente, não dando tempo dela reagir" isso quer dizer que... a Elena não mentiu. Ela não queria isso?

-não, Eu vi.... Ela estava o beijando- digo Frustado, tentando digerir a possibilidade de ter me precipitado, já sentindo  culpa.

-olha, eu não vi a situação. Mas fala sério, ele já admitiu que a beijou de repente. Provavelmente ela ficou assustada e não conseguiu reagir. Você acha mesmo que a ELENA te trairia? - ele pergunta e a ficha começa a cair. Eu sou um idiota.
Como eu pude não acreditar na Elena? Meu Deus. É como se eu tivesse ficado cego, como se eu tivesse perdido o controle da minha mente que parecia querer que eu acreditasse no pior.

-fala alguma coisa! - ele diz impaciente com minha demora.

-eu fiz merda, cara. Preciso ver a Elena agora- digo e
Caminho para a porta, mas  Lucas me segura pelo ombro.

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