Gravity || jjk+pjm

Introdução: Park Jimin

Oi, meu nome é Jimin e eu sou muito especial mas não existo, ou ninguém sabe da minha existência.

A história começa quando eu ainda era um bebê, eu dava muito trabalho e deixava minha mãe muito cansada, ela notou que sou especial enquanto adorcemia ao me amamentar, a mamadeira ainda continuou em minha boca e ninguém a segurava.

Ela me amou mesmo assim, achou magnífico, com poucos meses eu não sabia nem andar mas já movia objetos com o poder da minha mente, eu a amava demais e lembro de fazer seus lindos fios de cabelo voarem para cima quando não estava ventando pois, para mim, não havia visão mais divina.

Nem tudo era mil maravilhas, quando eu tinha seis meses mamãe acordou em uma madrugada após ouvir meu choro, quando ligou as luzes notou que tudo dentro de casa flutuava, era como se não houvesse gravidade, e ela também começou a flutuar.

Eu estava tendo pesadelos e meu corpo reagiu daquela forma, quando mamãe gritou eu acordei e fiz ela cair de uma altura de três metros fazendo-a quebrar o pulso. Então meu pai entrou na história, ele percebeu que eu não sou magnífico e sim perigoso.

Desde o ocorrido meus pais começaram a brigar por minha causa, papai me levou em vários médicos para achar uma explicação lógica, já mamãe jurava que eu era um presente de Deus.

Enquanto isso, minha "habilidade" se via mais presente a cada dia e muitas coisas perigosas aconteceram.

Me matricularam em várias escolas diferentes mas eu sempre acabava fazendo professores voarem ou alunos se machucarem, sempre que saia para qualquer lugar eu causava problemas e ninguém entendia o que realmente estava acontecendo, mas meus pais sabiam e tinham medo de que alguém descobrisse.

Quando eu fiz seis anos um neurologista ligou para o papai, disse que soube dos meus arquivos e queria estudar o meu caso em total sigilo e ele ficou muito feliz, já a mamãe ficou preocupada. Eles brigaram mais uma vez e lembro das palavras do papai até hoje dizendo: "ele pode abrir a cabeça desse menino, seja o que for mas vamos descobrir o que ele tem".

Eu fiquei apavorado!

Quando fico nervoso ou assustado, nada pode controlar minha peculiaridade.

No caminho até esse tal médico acabei causando um acidente de trânsito entre vários carros, no noticiário disseram que houve quatro mortes e onze feridos, ninguém entendia a causa desse grande "acidente" mas eu sabia e já era grandinho o suficiente para sentir culpa.

Depois disso, fui condenado ao isolamento social.

Vivi e cresci dentro da mesma casa por anos, meus tios, primos e avós acham que morri nesse acidente, mamãe largou o emprego para cuidar de mim já o papai começou a trabalhar em dobro que mal o via em casa. Por conta disso enriquecemos muito.

Não era perfeita, mas minha vida era maravilhosa ao lado da minha mãe, não tínhamos empregados pois ela me obrigava a fazer todos os serviços diários para exercitar minha mente e não era ruim, como nunca soube controlar minha "habilidade", as vezes, tudo acabava em ruínas e precisávamos redecorar a casa toda, isso era muito divertido.

Eu já tinha onze anos de idade quando mamãe começou a se afastar de mim, ela contratou empregados e uma governanta, as tarefas diárias que fazíamos juntos foram substituídas por vídeo games e mesmo presos todos os dias no mesmo teto eu não a via com frequência.

Eu passei a odia-la, pensava que, assim como o papai, ela também me achava um monstro devido ao tanto de sangue que tem em minhas mãos.

Então chegou o dia em que ela entrou em meu quarto e se despediu, pensei que ela fosse me abandonar mas de todas as coisas ruins que pensei o pior aconteceu.