Capítulo 37

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Pierre

Estava tudo claro como água para mim. Eu não passava da segunda opção para ela. Como ela não poderia tê-lo, eu servia. Na noite passada assim que ela saiu do quarto, a segui. Pude ouvir toda a conversa deles, sei o que está acontecendo e por isso propus de irmos embora. Não era só o meu estresse pós-traumático falando quando ela voltou para o quarto. Era a raiva, o sabor amargo da traição, a revolta de que por mais que eu tenha dado minha vida por ela ainda não seria suficiente para ter o seu amor. Depois de decidirmos ir embora todos estavam dispostos a nós fazer ficar, porém eu não estava nem um pouco a fim de ceder a qualquer que fosse a chantagem que pensavam em fazer.

Não mais que 6 meses estávamos instalados em uma bela residência no Rio de Janeiro. Eu estava um tanto mais tranquilo, mesmo assim ainda a sentia distante, ela até tentava não deixar transparecer, porém eu sabia melhor do que ninguém que aquilo não passava de uma mentira. Mas eu não sou tão nobre. Pelo menos, não mais!? Tenho o direito de ser egoísta depois de tudo o que eu passei. Barbara é minha. E eu a manterei linda, feliz e minha até o último dia da minha vida.

— O que está fazendo tão concentrado aí? — Barbara entra no meu escritório com um belo short curto e uma camisa de alça fina.

— Pensando em você! — revelar a verdade e não o tipo de verdade é sempre uma boa opção.

— Que bom. — ela está agindo estranho, é nítido para quem quiser ver.

— O que te trouxe aqui? — pergunto e ela anda pela sala como se já tivesse se arrependido de ter vindo.

— Nada. Só vim chamá-lo para irmos almoçar fora. — sei que não era esse o motivo que a trouxe até mim, porém não vou perder a oportunidade de reverter a nossa atual situação.

— Claro, para onde pretende me levar?

— Ah então quer dizer que eu serei o cavalheiro? — brinca e com isso fazendo-me acalmar um pouco.

— Comigo você pode ser o que você quiser. Contanto que seja minha, é claro. — ela gargalha sentando no meu colo.

— Sendo assim... Vamos aproveitar. — ela me beija e eu correspondi do melhor modo possível. Eu precisava deixá-la excitada, deixá-la sedenta por mim. Pelo meu corpo dentro do seu e que nesse momento ela não tivesse mais dúvidas sobre quem é o amor da vida dela.

Sexo nunca foi um problema entre mim e a Barbara, porém agora terei que usar cada vez mais das minhas armas de sedução para conseguir persuadi-la.

Paro para lembras dos dias próximos enquanto estarmos em um avião vindo para o Brasil. Feliz é pouco para o como me sinto, sentado ao lado da minha esposa e filha. Peço duas taças de champanhe por que esse momento merece ser celebrado. A tristeza de Barbara é tangível, entretanto não poderia permitir perde-la para o próprio meio irmão. Depois que chegamos ao Brasil as coisas fora um tanto difícil. Principalmente para mim, por que eu precisava urgentemente aprimorar o meu português. Barbara parecia sempre triste, entendo que é por que sente a falta da avó e que isso vai passar, caso essa tristeza dela seja em parte por causa do irmãozinho pretendo usar de tudo para faze-la esquece-lo. A fasto esse pensamento e entro no clima para o parece ser uma noite divertida que pode muito bem terminar em uma manhã exausta.

Barbara

Estamos a um mês no Brasil, deixar tudo para trás me deixou mais triste e arrependida do que aliviada. Todavia agora tenho a oportunidade de viver com o meu marido sem problemas e a apreensão de a qualquer momento acabarmos esbarrando com o Lucas. Só de pensar nele, as lembranças daquele bendito beijo tomam o meu corpo, me mostrando que nem os milhares de quilômetros que nos separam diminuem o que sinto.

O Chefe é meu pai? Onde histórias criam vida. Descubra agora