Capítulo 21

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Desde já peço para me perdoarem pelos erros, escrevi bebendo e assistindo o especial do Roberto Carlos. Boa noite a todas e aproveitem o capítulo.

Bárbara.

  
   Tirei a aliança estendendo para ele.

— Minha filha não faça isso... — escuto minha avó falar.

— A decisão é sua. — ele dá as costas e sai.

— Minha filha por favor! Você não deveria ter feito isso.  

 
   Simplesmente saio da cozinha indo direto para o quarto. Passei o dia inteiro chorando. Pierre não ligou, nem mandou mensagem... Nada! Foi um completo silêncio. Olha para a aliança no criado mudo ao lado da minha cama e começo a revista toda a nossa história, logo depois me vêem imagens do nosso possível futuro juntos. Logo me arrependo de ter brigado com ele e de ... De tudo. Eu não tinha coragem para ligar para ele.

   Passei a noite em claro, por diversas vezes chorei até não aguentar mais. Quando o dia nasceu resolvi sair para caminhar o vazio que me atingia era algo imprescindível.  Caminhei por muito tempo até parar próximo a ponte do Brooklin, sentei no meio fio da pista e desabo a chorar. Minha mente é inundada de imagens minhas com Pierre, logo após com o meu avô, todos os momentos que vivemos de suas boas e das palavras duras que ele me disse diversas vezes.

PIERRE.

     Quando terminou a reunião levantei sem olhar para ninguém, caminho para minha sala total silêncio. Mal entro na minha sala e Lucas vem atrás de mim.

— Pierre preciso falar com você! — ele diz e tenho vontade de quebrar a cara dele.

— Hoje não! — digo indo para o banheiro assim que entro ele fica aparado na porta.

— Pierre eu não sabia de nada, eu só sabia que meu pai tinha namorado com a mãe dela, nunca pensei que ela fosse filha dele, minha irmã!? — diz como se nem ele mesmo acreditasse.

— Não tem mas problema.  — jogo mais água no rosto.

— Como não tem problema? Você não falou com ninguém hoje, nem na minha cara você olho... Só estou querendo te dizer que eu não tenho culpa. Nós temos que trabalhar juntos e temos que nos entender...

— Sai daqui Lucas! — peço apertando forte a borda da pia.

— Vamos ser racionais... Isso não pode interferir no nossa relacionamento profissional... — ele continuou falando, me olhei no espelho e a muito não via essa expressão de ódio estampada em mim.

— Lucas vá embora, deixe para conversarmos outro dia, estou cheio de problemas... Vá por favor.

— Cara se isso for algum tipo de ciúmes... — pronto minha bomba estourou. Viro de uma vez o pegando pela gola do terno.

— Isso não é ciúmes, não é sobre você, o meu problema é com a sua irmã. Você entendeu sua irmã, é isso que ela é! Sua irmã. Não existe problema entre nós dois. Só existe entre eu e ela. Saia da minha sala. — o empurro para fora do banho, ele né olha assustado. Quando saio e olho para a porta vejo vários funcionários olhando o que aqui acontece. — O show terminou podem ir trabalhar. — Lucas pisca e sai calado. Sento na minha cadeira. — Que droga. — tive um dia de cão. Quando cheguei em casa a vontade louca de ir a casa de Bárbara pedir perdão era imensa. O problema era que eu sou um covarde, amo e não tenho coragem para me humilhar. Meu celular toca e eu atendo no próximo toque.

— Alô?

— Bárbara? — pergunto pois não reconheço a voz dela.

— Não senhor, é a policial Castle. Encontramos uma moça desmaiada com hipotermia. Próxima a ponte do Brooklin, seu número era um dos números de emergência.

O Chefe é meu pai? Onde histórias criam vida. Descubra agora